Expressa a ideia de que ninguém recebe todos os bens ao mesmo tempo: pode haver saúde, mas faltar outros elementos da vida (tempo, riqueza, felicidade).
Versão neutra
Não se pode ter tudo; cada pessoa recebe coisas diferentes na vida.
Faqs
O que significa exactamente este provérbio? Significa que a vida distribui bens de forma desigual: alguém pode ter saúde, mas faltar-lhe outras coisas como tempo, dinheiro ou felicidade. É uma expressão de aceitação da imperfeição das circunstâncias.
Quando posso usar este provérbio? Use-o em contexto coloquial para comentar uma situação em que se tem uma vantagem importante (por exemplo, boa saúde), mas se carece de outros aspetos essenciais. Evite em contextos muito formais ou sensíveis, por causa da referência religiosa.
É ofensivo dizer isto a alguém? Pode ser insensível em situações de sofrimento ou perda, ou para quem prefere evitar referências religiosas. Melhor usá-lo com cuidado e conhecer o ouvinte.
Notas de uso
Tom fatalista e popular; frequentemente usado para comentar desigualdades entre bens (saúde, dinheiro, tempo, alegria).
Linguagem coloquial e com referência religiosa explícita («Deus»); pode soar antiquado ou ofensivo em contextos laicos.
Serve tanto para consolo (aceitação) como para explicação resignada perante uma situação desigual.
Exemplos
Ele está saudável, mas não tem folga para a família — muita saúde, pouca vida, porque Deus não dá tudo.
Quando a senhora ganhou na lotaria ficou mais descansada, mas continuou sozinha; lembrei-me do provérbio: muita saúde, pouca vida, porque Deus não dá tudo.
Variações Sinónimos
Deus não dá tudo.
Não se pode ter tudo.
Muita saúde, pouco mais.
Ninguém tem tudo.
Relacionados
Não se pode ter tudo.
Ninguém tem tudo.
Nem tudo o que desejamos nos é dado.
Contrapontos
Visão ativa: planeamento, solidariedade e escolhas podem melhorar condições sem depender só da sorte ou da ideia de destino.
Crítica laica: atribuir tudo a 'Deus' pode ocultar causas sociais e económicas que explicam desigualdades.
Optimismo prático: avanços da medicina e políticas públicas podem conciliar mais bens (saúde, tempo, qualidade de vida).