Muito se gasta e o pouco abasta.

A extravagância nem sempre resolve; a moderação e o uso sensato de recursos muitas vezes são suficientes.

Versão neutra

Gasta‑se muito, mas o pouco basta.

Faqs

• O que significa exactamente este provérbio?
  Significa que gastar muito não garante que as necessidades sejam satisfeitas, enquanto um uso moderado e sensato de recursos pode ser suficiente. Elogia a frugalidade e critica o desperdício.
• Quando devo usar este provérbio?
  Use-o ao comentar decisões de consumo, orçamentos familiares ou políticas públicas em que se observa desperdício ou extravagância face ao que é realmente necessário.
• Tem origem conhecida ou autor identificado?
  Não; é um provérbio de transmissão oral típico da sabedoria popular portuguesa, sem autor ou documento fundador conhecido.
• Há situações em que o provérbio não se aplica?
  Sim. Em investimentos de grande impacto ou situações de emergência, o 'pouco' pode não ser suficiente; nesses casos, gastar mais pode ser necessário e justificado.

Notas de uso

• Usado para elogiar a frugalidade e criticar o desperdício.
• Emprega‑se em contextos financeiros familiares, administração pública ou comentário social.
• Tom frequentemente proverbial e didáctico; pode ser dito de forma irónica quando alguém gasta muito sem obter resultados.
• Registo popular; adequado em conversas informais e em textos sobre economia doméstica ou ética do consumo.

Exemplos

• Depois de ver o orçamento da festa, a avó comentou: «Muito se gasta e o pouco abasta» e propôs simplificar o menu.
• Na reunião da junta, lembraram que, em tempos de crise, é melhor organizar o essencial — muito se gasta e o pouco abasta — do que investir em luxo desnecessário.
• Quando alguém sugere comprar equipamento muito caro para tarefas simples, é comum ouvir: «Não exageres — muito se gasta e o pouco abasta».
• O professor usou o provérbio para ensinar que esforço contínuo com poucos recursos pode dar bons resultados, em vez de depender sempre de grandes investimentos.

Variações Sinónimos

• Gasta muito quem pouco aproveita.
• O pouco bem gasto é suficiente.
• Pouco chega quando é bem usado.

Relacionados

• De grão em grão enche a galinha o papo.
• Quem tudo quer tudo perde.
• Mais vale pouco e certo do que muito incerto.

Contrapontos

• Existem casos em que investimentos maiores são necessários (infraestruturas, saúde, segurança), pelo que «o pouco» nem sempre basta.
• Em projectos de grande escala, poupanças excessivas podem comprometer qualidade e segurança; nem sempre a frugalidade é a melhor política.

Equivalentes

• English
  Much is spent and little suffices (rough equivalent: a little well used is enough).
• Español
  Se gasta mucho y lo poco basta (equivalente aproximado: menos malgastado, más aprovechado).
• Français
  On dépense beaucoup et le peu suffit (équivalent approximatif : peu suffit si bien utilisé).