Patrão pobre, criado miserável.

Quando o patrão é pobre ou avaro, o trabalhador tende a viver ou a ser tratado de forma pobre e precária.

Versão neutra

Se o patrão é pobre, o trabalhador vive mal.

O provérbio é ofensivo por usar a palavra 'criado'?
A palavra 'criado' tem uso histórico para designar empregadas/os domésticos e pode soar hierárquica. Em contextos contemporâneos recomenda-se 'empregado', 'trabalhador' ou 'colaborador' para evitar conotações ofensivas.
Significa que a pobreza do patrão é sempre culpa dos trabalhadores?
Não. O provérbio descreve uma consequência observada (trabalhadores sofrerem quando o patrão não tem recursos) e não atribui culpa aos trabalhadores. As causas da pobreza patronal são diversas.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao comentar situações em que a falta de recursos ou a avareza do empregador resulta em salários baixos, más condições de trabalho ou privação dos empregados. Evite-o em contextos sensíveis onde a expressão possa parecer depreciativa.

Refere-se à relação económica e material entre quem emprega e quem trabalha; realça a consequência da falta de recursos (ou da avareza) do patrão sobre o criado/empregado.
A palavra 'criado' é archaica e hoje pode soar desadequada ou hierárquica; em contextos modernos, substitui-se por 'empregado', 'trabalhador' ou 'colaborador'.
Pode ser usada tanto de forma literal (patrões e empregados) como figurada (quem detém recursos e quem depende deles).
Nem sempre a pobreza do patrão conduz inevitavelmente à miséria do criado — factores como generosidade, organização e apoio social podem alterar o desfecho.

A fábrica fechou linhas de produção quando o dono começou a ter dificuldades financeiras; os salários atrasaram e, como dizem no bairro, 'patrão pobre, criado miserável'.
Numa pequena quinta familiar, o proprietário não tinha recursos para investir nem para pagar melhor o pessoal: apesar do zelo, os empregados viviam com poucas condições.

Um patrão pobre pode ser generoso; a generosidade pode reduzir a miséria dos trabalhadores apesar da escassez.
Um patrão rico pode ser injusto; riqueza não garante bom tratamento dos empregados.
Organização coletiva (sindicatos, cooperativas) pode proteger trabalhadores mesmo quando os patrões são pobres.