Quem vem de longe, vende como quer

Quem vem de longe, vende como quer.

Quem é de fora ou traz algo raro/novo tem vantagem para fixar preço ou condições de venda, por percepção de valor ou por não estar sujeito às regras locais.

Versão neutra

Quem vem de longe tem vantagem para vender ou fixar condições.

Faqs

Significa que é sempre justo cobrar mais por algo que vem de fora?
Não. O provérbio descreve uma vantagem de percepção ou negociação, mas não justifica preços abusivos. Justiça de preço depende de qualidade, custos e regras do mercado.
O provérbio tem conotação xenófoba?
Pode assumir leitura crítica ou negativa em alguns contextos (quando serve para justificar discriminação ou privilégios), mas originalmente refere‑se à vantagem comercial/retórica atribuída à novidade ou à proveniência externa.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao comentar situações em que a proveniência ou a novidade conferem poder de negociação ou prestígio — por exemplo, em vendas, lançamento de produtos ou entrada de especialistas estrangeiros.

Notas de uso

Usa‑se em contextos comerciais e sociais para indicar vantagem atribuída a quem chega de fora ou traz novidade.
Tem um tom observacional; pode ser dito de forma neutra (constatação) ou crítica (denúncia de abusos ou privilégios).
Não é literal: aplica‑se tanto a bens físicos como a ideias, pessoas ou serviços que, por novidade ou prestígio, conseguem impor condições.
Cuidado ao usar: pode sugerir preconceito ou justificar preços excessivos se usado sem contexto.

Exemplos

No mercado da vila, o comerciante ambulante conseguiu vender os tecidos a preços mais altos — quem vem de longe, vende como quer.
Quando lançaram a aplicação estrangeira, todos pagaram mais; neste caso, quem vem de longe tem vantagem por trazer algo novo.

Variações Sinónimos

O que vem de fora vende melhor
O que é de longe vale mais
Quem vem de fora impõe condições

Relacionados

O que é raro é caro
A novidade atrai
Quem cala consente

Contrapontos

Consumidores informados e regulamentação podem limitar a vantagem: preços não podem ser arbitrários.
Produtores locais também podem competir pela qualidade e reputação, contrariando a vantagem inicial do estrangeiro.
Nem sempre a proveniência garante valor; o preço e a aceitação dependem de qualidade, confiança e necessidades reais.