Moço que não é castigado, nem será cortesão, nem letrado.

Sem correção ou disciplina, um jovem dificilmente adquire boa educação social nem formação intelectual.

Versão neutra

Jovem que não recebe correção dificilmente se tornará cortesão nem instruído.

Faqs

• O provérbio defende castigos físicos?
  Historicamente pode ter incluído punição física, mas a leitura atual prefere 'correção' entendida como orientação, limites e ensino. Não é um incentivo a maus tratos.
• Quando é apropriado usar este provérbio?
  Em contextos que discutem educação, disciplina e formação de hábitos; serve como alerta para a importância de intervenção educativa, não como justificação para violência.
• Há alternativas modernas à abordagem do provérbio?
  Sim: pedagogias centradas na comunicação, reforço positivo, modelagem de comportamentos e supervisão construtiva substituem a ideia de castigo imediato.
• O provérbio aplica‑se apenas a crianças?
  Preferencialmente a jovens em formação, mas também é usado metaforicamente para adultos que precisam de orientação ou crítica para progredir.

Notas de uso

• Historicamente, 'castigado' refere‑se tanto a correção moral/disciplinar como a punição física; hoje tende‑se a interpretar como orientação e limites.
• Usa‑se para justificar a necessidade de regras, ensino e supervisão na formação de crianças e jovens, não necessariamente para defender castigos severos.
• Tomar o provérbio ao pé da letra (apoiando maus tratamentos) é inadequado; a ênfase contemporânea é na educação, no exemplo e na correção adequada.

Exemplos

• Os pais lembraram‑se do provérbio quando perceberam que, sem limites, o filho não assumia responsabilidades na escola nem em casa.
• No conselho da empresa disse‑se que a falta de formação e de supervisão leva a colaboradores que não progridem; «moço que não é castigado…» foi citado como metáfora para a necessidade de orientação.

Variações Sinónimos

• Quem não é corrigido, não se endireita.
• Sem disciplina não há cavalheiro nem erudito.
• Jovem sem correção não vira homem culto nem distinto.

Relacionados

• Quem não ouve conselho não chega a velho.
• Educar é corrigir.

Contrapontos

• Punir de forma excessiva pode causar danos psicológicos e prejudicar o desenvolvimento; correção deve ser proporcional e pedagógica.
• Muitos indivíduos superam a ausência de disciplina com autodidatismo, mentores ou contextos alternativos de aprendizagem.
• Valorizar apenas a correção ignora fatores sociais, económicos e de oportunidade que influenciam a formação pessoal e intelectual.

Equivalentes

• inglês
  Spare the rod, spoil the child (equivalente aproximado que liga disciplina à formação do jovem).
• espanhol
  El mozo que no es castigado difícilmente será cortesano ni culto (tradução/versão aproximada).
• francês
  Le jeune qui n'est pas corrigé ne deviendra ni courtois ni lettré (versão aproximada).