Observação de que os efeitos da pobreza — cansaço, má saúde, desgaste — tendem a tornar‑se visíveis na aparência facial antes de serem verbalizados ou registados.
Versão neutra
As marcas da pobreza manifestam‑se muitas vezes no rosto.
Faqs
O que significa exatamente este provérbio? Significa que as consequências materiais e emocionais da pobreza — como cansaço, má nutrição e stress — tendem a tornar‑se visíveis na aparência facial antes de serem verbalizadas ou registadas em documentos.
É ofensivo usar este provérbio? Pode ser considerado insensível ou estigmatizante se usado para tirar conclusões sobre alguém sem contexto. Recomenda‑se prudência e evitar‑o quando possa humilhar ou discriminar.
Quando é apropriado utilizar esta expressão? É apropriada em descrições sociais, jornalísticas ou em discussões sobre determinantes sociais da saúde, desde que acompanhada de contexto e dados e sem generalizações sobre indivíduos.
Notas de uso
Usa‑se para comentar os sinais exteriores do sofrimento económico e das suas consequências físicas e emocionais.
Registo: coloquial/informativo; adequado em contexto descritivo, jornalístico ou analítico, menos em fóruns académicos sem evidência.
Conotação: potencialmente estigmatizante — sugere ligação directa entre aparência e condição socioeconómica.
Evitar usar para fazer julgamentos absolutos sobre a situação económica de alguém com base só na aparência.
Em trabalhos sociais e médicos, deve ser acompanhado de dados e contexto para evitar inferências incorretas.
Exemplos
Quando o assistente social entrou na casa, disse que não precisava de perguntar muito: 'a pobreza estampa‑se primeiro no rosto' — ele via o cansaço e as olheiras nas pessoas ali.
Num debate sobre saúde pública, a directora afirmou: 'A pobreza estampa‑se primeiro no rosto, porque a falta de recursos acentua problemas de nutrição e sono.'
Não devemos esquecer, porém, que a expressão 'a pobreza estampa‑se primeiro no rosto' não é uma regra absoluta: há quem esconda bem a sua situação económica.
Variações Sinónimos
A miséria espelha‑se na fisionomia.
A pobreza mostra‑se no rosto.
A privação vê‑se na cara.
Relacionados
Os olhos são o espelho da alma.
Não se julga um livro pela capa.
Quem tem fome, tem pressa.
Contrapontos
Nem toda a pobreza é visível — muitas pessoas escondem dificuldades económicas por orgulho ou reserva.
A aparência não é prova segura do estatuto socioeconómico; fatores genéticos, saúde mental e condições médicas também afetam o rosto.
Generalizar com base na fisionomia pode reforçar estereótipos e discriminação.
Equivalentes
Inglês Poverty is written on one's face / Poverty shows on the face.