A natureza humana com força se justifica.

Sugere que, na prática, ações humanas passam a ser vistas como justificadas quando são impostas pela força ou pelo poder, independentemente de serem moralmente corretas.

Versão neutra

Na prática, o poder ou a força tende a legitimar ou impor comportamentos humanos, mesmo quando não são justos.

Faqs

O provérbio significa que devemos agir com força para sermos justificados?
Não. O provérbio descreve um fenómeno sociológico: que, na prática, a força pode impor comportamentos e ser vista como justificação. Não constitui uma recomendação moral.
Onde se usa este provérbio?
É usado em discussões políticas, históricas e éticas para criticar ou diagnosticar situações em que o poder substitui normas legais ou morais.
Tem origem conhecida?
Não há referência clara à origem desta formulação específica; trata-se de uma variação de ideas antigas sobre poder e legitimidade que aparecem em várias culturas.

Notas de uso

Usa-se para criticar situações em que o poder ou a violência legitima atos que seriam eticamente discutíveis.
Tem um tom frequentemente cínico ou realista; pode ser interpretado como observação sociológica, não como prescrição.
Emprega-se em contextos políticos, históricos ou éticos para sublinhar a diferença entre direito formal e poder de facto.
Evitar usar como justificação de violência; a frase descreve um fenómeno social, não uma norma moral.

Exemplos

Durante a guerra, muitos governos viram medidas contestadas tornarem-se aceite porque o poder militar as impôs — a natureza humana com força se justifica.
Num ambiente empresarial sem regulação, práticas agressivas de competidores acabam por ser normalizadas: a natureza humana com força se justifica.

Variações Sinónimos

A força faz a lei.
O poder legitima-se a si próprio.
A lei do mais forte prevalece.

Relacionados

Might makes right (equivalente em inglês).
A lei do mais forte.
O poder corrompe.

Contrapontos

A justiça legitima-se pelo direito e pelos princípios éticos, não pela força.
Direitos e instituições existem precisamente para conter a prevalência da força.
A legitimação por consenso e por instituições democráticas é distinta da legitimação por coerção.