De todos desconfia o coração culpado.
					Quem tem culpa tende a suspeitar de todas as pessoas; a culpa provoca medo e desconfiança.
Versão neutra
Quem tem culpa desconfia de todos.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que a pessoa que tem culpa tende a suspeitar dos outros porque teme ser descoberta; a culpa gera desconfiança. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer explicar ou criticar um comportamento excessivamente desconfiado que parece resultar de culpa. Deve evitar-se como acusação definitiva sem provas. - É um provérbio ofensivo?
Pode ser interpretado como acusatório. Usado de forma leve, serve para comentar comportamento; usado directamente contra alguém pode ferir ou ofender. - Qual é a origem do provérbio?
Trata‑se de sabedoria popular de origem desconhecida; não há fonte literária clara atribuível. 
Notas de uso
- Provérbio de uso popular, normalmente usado para apontar que a desconfiança de alguém pode revelar a sua própria culpa.
 - Tom geralmente crítico ou moralizador; serve para explicar comportamentos suspeitos, não como prova de culpa.
 - Deve ser usado com cuidado: desconfiança não é prova e pode ter outras origens (ansiedade, experiência passada).
 - Registo coloquial; comum em conversas informais e comentários sobre comportamento.
 
Exemplos
- Depois de perder os documentos, começou a acusar os colegas; alguém comentou: «De todos desconfia o coração culpado».
 - Quando ela passou a verificar continuamente o telemóvel do marido, amigos disseram que, «de todos desconfia o coração culpado», pois talvez tivesse algo a esconder.
 - O patrão notou que o empregado desconfiava de toda a gente após o erro grave e murmurou o provérbio para explicar a mudança de comportamento.
 
Variações Sinónimos
- Coração culpado desconfia de tudo.
 - Quem é culpado desconfia de todos.
 - Quem tem culpa teme e desconfia.
 
Relacionados
- Quem tem rabo de palha não se chega à lareira.
 - A consciência pesa.
 
Contrapontos
- Desconfiar não prova culpa — muitas vezes resulta de insegurança, trauma ou experiências passadas.
 - Usar este provérbio para desvalorizar suspeitas legítimas pode silenciar vítimas ou justificar comportamentos abusivos.
 - Atribuir culpa apenas por desconfiança pode levar a julgamentos errados e a conflitos evitáveis.
 
Equivalentes
- inglês
A guilty conscience needs no accuser. - espanhol
El que tiene rabo de paja no se acerca a la lumbre.