Mulher janeleira, uvas na parreira.
Quem se expõe demasiado arrisca perder aquilo que tem; o visível torna‑se alvo.
Versão neutra
Quem se expõe demais arrisca perder o que tem; o que está à mostra fica vulnerável.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que aquilo que é exposto fica vulnerável a perda, crítica ou ataque; aconselha prudência na exposição de bens, intimidade ou comportamento. - É um provérbio sexista?
Sim, tem conotações de género: tradicionalmente dirigido a mulheres e usado para controlar comportamento. Hoje é considerado por muitos como moralista ou discriminatório. - Posso usar este provérbio hoje em dia?
Pode ser usado com cautela para transmitir a ideia de prudência, mas convém evitar aplicações que culpabilizem vítimas ou reforcem estereótipos de género. - Qual é a sua origem?
É de origem popular e rural, recorrente em variantes orais; não há documento histórico único que identifique uma autoria ou data de origem.
Notas de uso
- Usa‑se como conselho de cautela — por vezes para advertir contra exposição pública de bens, reputação ou intimidade.
- Tem conotações de género: historicamente dirigido a mulheres, o que hoje é frequentemente considerado sexista ou moralista.
- Provérbio de contexto tradicional/rural; em áreas urbanas pode aparecer em sentido metafórico (exposição nas redes sociais, visibilidade pública).
- Não deve ser usado para culpar vítimas de assédio ou crime; a advertência refere‑se à prudência, não à responsabilidade da ofensa.
Exemplos
- O pai avisou o filho: «Não deixes ferramentas à vista na viatura — mulher janeleira, uvas na parreira», querendo dizer que a exposição atrai ladrões.
- Hoje em dia diz‑se também sobre redes sociais: publicar imagens da casa vazia é imprudente — mulher janeleira, uvas na parreira.
Variações Sinónimos
- Quem mostra demais perde
- O que está à mostra atrai quem passa
- Quem expõe o seu tesouro convida ao roubo
Relacionados
- «O que está no banco chama o ladrão» (variante com mesmo sentido de exposição e risco)
- Provérbios sobre prudência e discrição, como «Mais vale prevenir do que remediar»
Contrapontos
- A visibilidade também pode ser fonte de oportunidades (trabalho, reconhecimento); «não se expor» pode limitar possibilidades.
- Dirigir‑se especificamente a mulheres reforça estereótipos e pode justificar culpabilização — hoje há críticas a esta leitura.
- A responsabilidade por crimes de terceiros não recai sobre quem é alvo; a mensagem de prudência não deve obscurecer direitos e proteção.
Equivalentes
- Português (paráfrase)
Quem se expõe demais arrisca perder o que tem. - Espanhol
Quien mucho muestra, mucho pierde. - Inglês (aproximado)
What you put on display makes you vulnerable.