O avarento, por cinco réis, perde um cento.

O avarento, por cinco réis, perde um cento.
 ... O avarento, por cinco réis, perde um cento.

Quem tenta poupar uma quantia insignificante acaba por perder ou comprometer uma quantia muito maior.

Versão neutra

Quem é avaro perde muito por tentar poupar pouco.

Faqs

  • O que são 'réis' e 'um cento' neste provérbio?
    'Réis' eram a unidade monetária usada em Portugal até 1911; 'um cento' significa cem réis. O provérbio usa valores antigos para ilustrar a diferença entre poupar pouco e perder muito.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Quando se quer alertar para decisões de economia aparente que acabam por provocar prejuízos maiores — por exemplo, cortar custos essenciais ou escolher opções de muito baixa qualidade.
  • É ofensivo chamar alguém de 'avarento' usando este provérbio?
    Pode soar acusatório se dirigido a uma pessoa. É mais adequado empregá‑lo em comentários gerais, exemplos ou avaliações de políticas e práticas económicas.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar falsa economia ou decisões curtas de vista que causam prejuízos maiores.
  • Registo: coloquial e proverbial; adequado em conversas informais, comentários sobre finanças pessoais ou gestão.
  • Pode ter tom moralizador — cuidado ao aplicar diretamente a alguém para não soar acusatório.
  • Contexto histórico: 'réis' era a moeda portuguesa antes do escudo (até 1911); 'um cento' refere-se a cem réis, portanto o provérbio usa valores antigos para ilustrar a desproporção.

Exemplos

  • A Maria quis contratar o seguro mais barato e, quando aconteceu o sinistro, teve de pagar muito mais — o avarento, por cinco réis, perde um cento.
  • Na obra, pouparam nos materiais de base e agora têm de refazer tudo; é o caso clássico de quem, por querer poupar pouco, perde muito.

Variações Sinónimos

  • Quem é avaro perde muito por poupar pouco.
  • Pelo pouco perde-se o muito.
  • Poupança mal feita traz prejuízo maior.

Relacionados

  • Barato sai caro
  • Mais vale prevenir do que remediar (em contexto de evitar poupanças que originam custos maiores)

Contrapontos

  • A frugalidade prudente pode ser virtuosa: nem toda poupança é falsa; importa distinguir entre economia sensata e avareza contraproducente.
  • Em algumas situações, reduzir custos é necessário e bem calculado — o provérbio refere-se a escolhas curtas de vista e não à gestão financeira responsável.

Equivalentes

  • inglês
    Penny wise, pound foolish.
  • espanhol
    Ahorrando por un céntimo, se pierde una peseta.
  • francês
    Économe sur le sou, perd sur le franc.