Pão da ilha, arca cheia, barriga vazia

Pão da ilha, arca cheia, barriga vazia.
 ... Pão da ilha, arca cheia, barriga vazia.

Há recursos armazenados ou disponíveis que não chegam a quem deles precisa; crítica à má distribuição, ao hoarding ou à inércia.

Versão neutra

Arca cheia e barrigas vazias.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que, apesar de existir abundância guardada ou disponível, as pessoas continuam a sofrer falta porque os recursos não são partilhados, distribuídos ou usados corretamente.
  • Quando é apropriado usar esta expressão?
    Ao criticar situações de má gestão, centralização de bens, corrupção ou simplesmente quando há uma diferença evidente entre o que está armazenado e o que chega à comunidade.
  • É um provérbio regional ou muito usado?
    Tem tom tradicional e pode soar mais rural, mas a ideia que expressa é geral. A origem exacta não é conhecida.
  • Há alternativas mais modernas para o mesmo conceito?
    Sim: expressões como 'há recursos, falta distribuição' ou frases descritivas como 'há bens guardados que não chegam às pessoas' são versões mais diretas e contemporâneas.

Notas de uso

  • Usa‑se para denunciar desigualdade no acesso a bens básicos apesar de haver abundância em armazéns ou cofres.
  • Frequentemente aplicado em críticas sociais ou políticas sobre má gestão, corrupção ou centralização de recursos.
  • Tom frequentemente crítico; pode soar regional ou tradicional, próprio de ambientes rurais.
  • Não é literal: refere‑se sobretudo à diferença entre disponibilidade e acesso/partilha.

Exemplos

  • A empresa acumulou lucros e deixou os trabalhadores sem aumentos — pão da ilha, arca cheia, barriga vazia.
  • No concelho há mantimentos armazenados para socorrer a população, mas a distribuição falha: arca cheia, barriga vazia.
  • Debatíamos a política de reservas quando o vereador resumiu a situação: 'pão da ilha, arca cheia, barriga vazia' — há abundância que não chega ao povo.

Variações Sinónimos

  • Arca cheia, mesa vazia.
  • Há pão na arca e fome na casa.
  • Pão no celeiro, fome na mesa.

Relacionados

  • Ter o pão e não o comer (crítica à posse sem usufruto)
  • Quem tem, dá — ou não? (comentários sobre partilha)
  • Muito no celeiro, pouco na mesa (variação direta)

Contrapontos

  • Quem tem arca cheia tem mesa posta (sugere que abundância garante bem‑estar)
  • Onde há pão, há alegria (enfatiza que a disponibilidade leva à satisfação)

Equivalentes

  • Inglês
    Plenty in the barn, yet empty bellies (plenty stored but people still hungry).
  • Espanhol
    Pan en la despensa y hambre en la mesa.
  • Francês
    Du pain dans la réserve, mais des ventres vides.