Quem não pode, deixa-se morrer.

Quem não pode, deixa-se morrer.
 ... Quem não pode, deixa-se morrer.

Critica a resignação ou inação de quem, por falta de meios ou vontade, não procura solução e acaba por se deixar sucumbir — literal ou figurado.

Versão neutra

Quem, por falta de meios ou iniciativa, não toma medidas, acaba por sucumbir às circunstâncias.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Expressa uma crítica à passividade ou resignação de alguém que, por falta de meios ou vontade, não procura soluções e acaba por sucumbir — seja literalmente ou em sentido figurado.
  • É errado usar este provérbio para falar de alguém em dificuldade?
    Pode ser problemático: o provérbio tende a responsabilizar o indivíduo e pode ignorar fatores externos (pobreza, doença, ausência de apoio). Convém cautela e considerar o contexto antes de o usar.
  • Tem origem conhecida?
    Não há registo documental claro; é um ditado de tradição oral presente em comunidades de língua portuguesa.

Notas de uso

  • Usa-se para apontar passividade ou falta de iniciativa de uma pessoa ou grupo.
  • Pode ser aplicado de forma literal (falando de abandono e morte) ou figurada (perda de oportunidades, degradação social).
  • Tem conotação crítica e, por vezes, moralizadora — pode ser percebido como acusatório.
  • Não é um conselho; descreve um comportamento e serve frequentemente como reprovação social.

Exemplos

  • Depois de perder o trabalho e recusar ajuda da família, alguns amigos comentaram: “Quem não pode, deixa-se morrer”, referindo-se à sua inação.
  • No debate sobre políticas sociais, o orador concluiu que não se pode aceitar passivamente a degradação: “Quem não pode, deixa-se morrer” foi usado para criticar a falta de apoio estatal.

Variações Sinónimos

  • Quem não pode, morre de inação.
  • Quem não se ajuda, entrega-se.
  • Quem não luta, deixa-se vencer.

Relacionados

  • Quem não arrisca, não petisca (incentiva a ação em vez da resignação).
  • Quem não chora, não mama (sobre a necessidade de reivindicar ajuda).
  • Quem espera desespera (sobre os perigos da passividade).

Contrapontos

  • A resignação nem sempre é escolha livre: muitas vezes resulta de falta de recursos, apoio ou opções reais.
  • Existem obrigações sociais e institucionais de prestar ajuda; culpar a vítima ignora a responsabilidade coletiva.
  • Intervenção atempada (apoio médico, social ou financeiro) pode contrariar a fatalidade implícita no provérbio.

Equivalentes

  • en
    Those who cannot, let themselves die.
  • es
    Quien no puede, se deja morir.
  • fr
    Qui ne peut pas, se laisse mourir.