Quem se cura com benesses não vai à mão de mestres
Quem se cura com benesses não vai à mão de mestres
Quem procura facilidades, favores ou mimos em vez de disciplina e rigor dificilmente procura mestres que o façam melhorar de verdade.
Versão neutra
Quem prefere facilidades e favores não procura mestres exigentes nem melhora verdadeiramente.
Faqs
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado para comentar situações em que alguém escolhe conforto, mimos ou atalhos em vez de trabalho exigente que conduza a verdadeira aprendizagem ou aperfeiçoamento.
Significa que a benevolência é sempre má? Não. O provérbio contrapõe facilidades à disciplina exigente; não condena a bondade em si, mas alerta para o risco de a benevolência substituir o ensino rigoroso quando este é necessário para progredir.
Como aplicar esta ideia na prática? Procurar mentores que exijam padrões, aceitar críticas construtivas, evitar atalhos educativos e privilegiar treino sistemático em vez de recompensas fáceis.
Há contextos em que este provérbio não se aplica? Sim: situações de recuperação emocional, doenças ou vulnerabilidade onde apoio e gentileza são prioritários; aí benesses são essenciais e não substituem tutela adequada.
Notas de uso
Usa‑se para criticar quem prefere atalhos, regalias ou consolo em vez de esforço e aprendizagem exigente.
Aplica‑se em contextos de formação, ofícios, desporto e desenvolvimento profissional ou pessoal.
Não implica que a benevolência seja sempre má; foca‑se na tensão entre conforto imediato e progresso real.
Pode ter tom moralizante; atenção ao usá‑lo em contextos sensíveis (doença, terapia, vulnerabilidade).
Exemplos
No atelier, muitos preferem receber ajudas e elogios; quem se cura com benesses não vai à mão de mestres, por isso faltam mestres capazes de ensinar ofício.
Num clube desportivo, jogadores que evitam críticas e procuram apenas elogios não se desenvolvem — quem se cura com benesses não vai à mão de mestres.
Variações Sinónimos
Quem se contenta com favores não procura mestres.
Quem vive de mimos não busca mestres exigentes.
Quem prefere regalias recusa a disciplina do mestre.
Relacionados
A prática leva à perfeição.
Deitar fora o ganho por medo do trabalho.
Mais vale perder com honra do que vencer com favores.
Contrapontos
Em contextos terapêuticos, alguma benevolência e apoio são essenciais e não substituem uma relação formativa com um mestre.
Nem todos os mestres são justos: disciplina excessiva ou abusiva não é preferível a formas de ensino mais afectivas.
Em comunidades onde a tutela e o patronato são a via normal de acesso às profissões, «benesses» podem ser meio de integração social.
Equivalentes
Inglês Those who prefer comforts and favors will not seek strict masters and so miss true improvement.
Espanhol Quien se cura con favores no acude a las manos de los maestros; prefiere el consuelo al rigor.
Francês Celui qui guérit par les faveurs ne va pas chez les maîtres exigeants et manque ainsi le progrès réel.
Alemão Wer sich mit Gefälligkeiten begnügt, geht nicht zu strengen Meistern und verpasst die wirkliche Weiterentwicklung.