A ignorância dócil é desculpável, mas a presumida é refratária, é desp

A ignorância dócil é desculpável, mas a presum ... A ignorância dócil é desculpável, mas a presumida é refratária, é desprezível e intolerável.

Distingue-se a ignorância sincera ou involuntária — que pode ser perdoada — da ignorância voluntária ou ostentada, que é obstinada, condenável e inaceitável.

Versão neutra

A ignorância sincera pode ser perdoada; a ignorância intencional, que recusa aprender, não o é.

Faqs

  • O que significa 'dócil' neste provérbio?
    'Dócil' refere-se a uma ignorância passiva ou sincera — alguém que não sabe mas está disposto a aprender ou a ser corrigido.
  • Quando se considera a ignorância 'presumida'?
    Ignorância presumida é quando a pessoa finge não saber, recusa informação relevante ou insiste em manter ideias erradas apesar de evidências e oportunidades de aprender.
  • É correto usar este provérbio para criticar qualquer pessoa que erra por falta de conhecimento?
    Não. Deve distinguir-se entre falta de acesso, contexto e intenção. O provérbio aplica-se mais a atitudes deliberadas ou obstinadas do que a erros genuínos.
  • Como aplicar este provérbio de forma construtiva?
    Use-o para incentivar humildade intelectual e disponibilidade para aprender, não para humilhar. Combine crítica com oferta de informação ou formação.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar quem finge não saber ou recusa aprender, sobretudo quando tal atitude impede o diálogo ou causa prejuízo a outros.
  • Serve de advertência em contextos educativos, profissionais e políticos: valoriza a humildade perante a própria falta de conhecimento.
  • Não deve ser usado para estigmatizar pessoas com falta de acesso à educação; é mais dirigido a atitudes de recusa deliberada ao conhecimento.
  • Tomar em conta relações de poder: chamar alguém de 'ignorante presumido' pode ser interpretado como desqualificação e escalar conflitos.

Exemplos

  • No debate, o professor perdoou a pergunta inocente do aluno, mas criticou quem, de má-fé, fingia não perceber para evitar responsabilidades.
  • Numa reunião de trabalho, a atitude de recusar ouvir novas propostas foi qualificada como ignorância presumida — inaceitável quando se lidera uma equipa.
  • Os cidadãos que ignoram leis por falta de informação merecem orientação; já os que deliberadamente se recusam a informar-se sobre direitos essenciais são criticáveis.

Variações Sinónimos

  • A ignorância sincera é desculpável; a posada é intolerável.
  • Ignorar por desconhecimento é perdoável; ignorar por presunção é condenável.
  • Quem não sabe, erra; quem finge não querer saber, falha moralmente.

Relacionados

  • Quem não pergunta, não aprende — enfatiza a importância da humildade para adquirir conhecimento.
  • A educação é a arma mais poderosa — lembra que a ignorância pode ser reduzida pela instrução.
  • Não confundir saber pouco com recusar aprender — distinção entre falta e atitude.

Contrapontos

  • Nem toda ignorância presumida é fruto de arrogância; pode decorrer de trauma, falta de acesso ou medo de represálias.
  • Rotular alguém de 'ignorante presumido' pode fechar portas ao diálogo e impedir a aprendizagem.
  • Em debates sensíveis, apontar ignorância pode ser percebido como agressão e reduzir a eficácia persuasiva.

Equivalentes

  • Inglês
    Docile ignorance may be excused, but presumptuous ignorance is stubborn and inexcusable.
  • Espanhol
    La ignorancia dócil es perdonable, pero la ignorancia presumida es refractaria y despreciable.
  • Francês
    L'ignorance docile est pardonnable, mais l'ignorance présumée est réfractaire et intolérable.