A lei, lei é.

Afirma que as normas legais devem ser cumpridas tal como estão; serve para justificar o respeito às regras e recusar exceções arbitrais.

Versão neutra

A lei é a lei.

Quando se usa este provérbio?
Usa-se para afirmar que uma norma legal ou regra estabelecida deve ser cumprida e que não se aceitarão exceções ou favores.
Significa que a lei deve ser seguida sempre, sem discutir?
Não necessariamente; o provérbio enfatiza cumprimento corrente, mas no plano teórico existem mecanismos (recursos, revisão legislativa, exceções judiciais) para contestar ou adaptar leis.
É um argumento persuasivo numa discussão?
Pode encerrar uma discussão ao invocar autoridade normativa, mas não resolve questões de justiça ou legitimidade da própria norma; é mais uma afirmação de princípio do que um argumento deliberativo.

Usado para sublinhar a obrigatoriedade e impessoalidade das normas jurídicas.
Frequentemente evocado por autoridades, advogados e cidadãos quando se pretende encerrar discussões sobre exceções.
Tom: pode ser definitivo e rígido; em contextos formais soa a afirmação de princípio, em contextos informais pode ter tom desaprovador.
Não implica que a lei seja justa ou imutável — apenas que, no momento, deve ser aplicada.

Quando o condutor recusou pagar a coima, o agente respondeu: «A lei, lei é» e aplicou o auto.
Num conselho de administração, alguém pediu tratamento especial a um fornecedor; outro membro cortou: «A lei é a lei — temos regras para todos».

Nem tudo o que é legal é moral ou justo; há espaço para crítica e reforma das leis.
A aplicação rígida da lei pode não atender às circunstâncias específicas — equidade e discricionariedade judicial podem ser necessárias.
Algumas leis são injustas ou obsoletas e exigem alteração legislativa em vez de cumprimento cego.