À mulher e à galinha, torce-lhe o colo, se a queres fazer boa.

À mulher e à galinha, torce-lhe o colo, se a que ... À mulher e à galinha, torce-lhe o colo, se a queres fazer boa.

Recomenda, numa linguagem antiga e violenta, usar correção ou disciplina para «moldar» mulheres e aves; exprime uma visão patriarcal que associa obediência feminina à submissão.

Versão neutra

Dizia-se que para que alguém ou um animal se torne obediente é necessário impor disciplina — interpretação hoje criticada.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Expressa a ideia, em termos antigos, de que a disciplina (frequentemente física) torna pessoas ou animais obedientes; traduz uma visão patriarcal e autoritária da educação e do controlo.
  • É aceitável usar este provérbio hoje?
    Não é aconselhável usar este provérbio sem contexto crítico. A sua formulação invoca violência e submissão de género, o que o torna inapropriado em situações correntes.
  • Qual é o contexto histórico deste tipo de ditado?
    Originam-se em sociedades agrárias e patriarcais onde a disciplina física era comum tanto para animais como para relações familiares; hoje são estudados como reflexo desses tempos, não como prescrição.
  • Que alternativas usar em vez deste provérbio?
    Usar expressões que valorizem educação e respeito, por exemplo: «A educação forma o carácter» ou «Mais diálogo do que punição».

Notas de uso

  • Provérbio de origem popular com linguagem e conceitos hoje considerados misóginos e violentos; usar com extrema cautela em contexto histórico ou analítico.
  • Não é apropriado para justificar qualquer forma de violência ou controlo sobre outra pessoa; em contextos contemporâneos convém explicitar a crítica ao sentido literal.
  • Quando citado em textos ou conversas, é recomendável acompanhar com comentário que condene a violência e explique o contexto cultural/histórico.

Exemplos

  • O avô, a citar ditos antigos, recordava: 'À mulher e à galinha, torce-lhe o colo...', mas os netos responderam que a violência não se justifica.
  • Num seminário sobre linguagem popular, o professor explicou o provérbio como reflexo de uma mentalidade patriarcal, enfatizando que já não é aceitável na prática social atual.

Variações Sinónimos

  • À mulher e à galinha, torce-lhe o pescoço, se a queres fazer boa.
  • À mulher e à galinha, dá-lhes mão firme, se as queres dóceis.

Relacionados

    Contrapontos

    • Promove a ideia de que a violência ou coerção são meios legítimos para moldar o comportamento — ponto fortemente contestado por normas contemporâneas de direitos humanos e igualdade de género.
    • A leitura literal legitima abuso doméstico; por isso, hoje se interpreta mais como um testemunho de valores passados do que como conselho a seguir.
    • Alternativas modernas defendem educação, diálogo e limites não violentos em vez de punição física.

    Equivalentes

    • inglês
      Spare the rod and spoil the child.
    • francês
      Qui aime bien châtie bien.