Queres fazer do ladrão fiel? Fia-te dele.
Aconselha a não confiar em quem já demonstrou ser desonesto; é um aviso cético sobre confiar em quem tem histórico de crime ou traição.
Versão neutra
Se uma pessoa já roubou ou traiu a confiança, não é prudente voltar a confiar nela sem provas de mudança.
Faqs
- Este provérbio significa que nunca se deve perdoar alguém?
Não necessariamente. É uma advertência sobre prudência ao confiar, especialmente em situações que envolvem responsabilidades ou dinheiro. Não impede avaliar mudanças ou mecanismos de supervisão. - Em que contextos é mais usado?
Usa‑se em situações informais para justificar desconfiança em relação a quem teve comportamentos desonestos, por exemplo numa família, empresa ou comunidade. - O provérbio é ofensivo?
Pode ser percebido como duro ou estigmatizante se aplicado sem nuance, pois pressupõe caracter imutável. É aconselhável considerar o contexto e a possibilidade de reabilitação.
Notas de uso
- Frequente em linguagem coloquial, usado como advertência ou comentário cínico.
- Geralmente empregado quando se justifica cautela perante alguém com historial de desonestidade.
- Tom retórico: formula-se como pergunta seguida de ironia/imperativo — serve para reforçar a desconfiança.
- Pode ser percebido como pouco compassivo ou prejulgador se usado sem considerar mudanças ou reabilitação.
Exemplos
- O Filipe foi apanhado a desviar fundos da associação; agora queres fazer do ladrão fiel? Fia-te dele.
- Depois de ter sido descoberto a mentir várias vezes, Maria avisou: 'Queres fazer do ladrão fiel? Fia-te dele' — não lhe deu responsabilidades financeiras.
Variações Sinónimos
- Queres tornar fiel o ladrão? Fia-te dele.
- Confias no ladrão? Fia-te dele.
- Uma vez ladrão, sempre ladrão.
- Quem já roubou, não é de fiar.
Relacionados
- Uma vez ladrão, sempre ladrão.
- Não se vive sem algum receio (advertência sobre confiança).
- Confiar é preciso (contra-exemplo que enfatiza a importância da confiança quando apropriada).
Contrapontos
- Confia, mas verifica (dar uma oportunidade com precauções).
- Quem não arrisca não petisca (argumento a favor de dar segundas oportunidades).
- As pessoas podem mudar com apoio e supervisão; não julgar permanentemente.
Equivalentes
- inglês
"Once a thief, always a thief." / Rhetorical: "Would you trust a thief? Trust him." - espanhol
"¿Vas a confiar en el ladrón? Confía en él." — usado de forma similar como advertencia. - francês
"Tu veux faire du voleur un fidèle ? Fais-lui confiance." — equivalente retórico; também se usa "Une fois voleur, toujours voleur."