Abaixam-se os muros, levantam-se os monturos.

Abaixam-se os muros, levantam-se os monturos.
 ... Abaixam-se os muros, levantam-se os monturos.

Quando se relaxam as protecções, normas ou vigilância, acumulam-se desordem, lixo ou problemas.

Versão neutra

Se se diminuem as barreiras ou a fiscalização, aumentam o desordenado e o desperdício.

Faqs

  • O que significa este provérbio?
    Significa que, quando se reduzem protecções, normas ou fiscalização, tendem a multiplicar-se desordem, lixo ou problemas.
  • Em que situações é apropriado usar este provérbio?
    É apropriado ao discutir reformas que relaxam controlos, perda de disciplina institucional, degradação urbana por falta de manutenção ou qualquer caso em que a vigilância foi retirada e surgem consequências negativas.
  • O provérbio implica que todos os muros devem permanecer levantados?
    Não necessariamente; é uma advertência sobre riscos de laxismo. Em algumas situações a abertura é desejável, mas o provérbio sublinha a necessidade de alternativas de gestão quando se retiram barreiras.
  • Tem origem histórica conhecida?
    Não há fonte histórica clara; trata-se de um provérbio de tradição oral do português cuja data e autor são desconhecidos.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar a redução de controles, regras ou vigilância que favorece a proliferação de problemas.
  • Aplicável em contextos políticos, administrativos, comunitários e pessoais (ex.: disciplina familiar ou empresarial).
  • Tom geralmente preventivo ou censurador; pode soar conservador se empregado contra medidas de abertura social.
  • Registro: popular e algo proverbial; a expressão pode parecer arcaica em linguagem muito formal, mas é compreendida em Portugal.

Exemplos

  • Quando a câmara levantou as restrições à construção sem inspecções, os terrenos baldios encheram-se de entulho — como diz o provérbio, abaixam-se os muros, levantam-se os monturos.
  • Se numa empresa se relaxa a revisão de qualidade, os erros acumulam-se e a reputação sofre; é o mesmo princípio: abaixam-se os muros, levantam-se os monturos.

Variações Sinónimos

  • Abaixam-se os muros e ergue-se o monturo.
  • Tiram-se as cercas e amontoa-se o lixo.
  • Quem afrouxa as regras, reúne problemas.

Relacionados

  • Quem semeia ventos colhe tempestades (consequência de acções negligentes)
  • Mais vale prevenir que remediar (prioriza prevenção em vez de lidar com consequências)
  • Quem não fiscaliza, colhe desordem (adaptação popular)

Contrapontos

  • Em certos contextos, reduzir barreiras promove inclusão, criatividade e fluxo de bens e pessoas — a metáfora pode ser usada de forma simplista para resistir a mudanças positivas.
  • Nem sempre a remoção de muros revela negligência; pode ser resultado de planeamento consciente que exige outras formas de vigilância ou gestão.
  • O provérbio pressupõe que o aumento de 'monturos' é inevitável; na prática, medidas de educação cívica e gestão podem evitar a acumulação de problemas sem muros físicos.

Equivalentes

  • Inglês
    Literal: 'Lower the walls, raise the heaps.' Próximo: 'Give an inch, take a mile' (expressa que a tolerância pode ser explorada).
  • Espanhol
    Literal: 'Bajan los muros, se levantan los montones.' Próximo: 'Quien afloja las riendas, pierde el control.'
  • Francês
    Literal: 'On baisse les murs, on élève les tas.' Próximo: 'Qui laisse faire, laisse pourrir.'