Na corte, os que estão de pé, não levantam os que caíram.
Expressa que, em ambientes de poder ou prestígio, quem se encontra numa posição vantajosa tende a ignorar ou não ajudar os que perderam a posição ou sofreram um revés.
Versão neutra
Num ambiente de poder, quem está em posição não costuma ajudar quem caiu.
Faqs
- Qual é a mensagem principal deste provérbio?
Que, em contextos hierárquicos ou de poder, quem ocupa uma posição vantajosa tende a ser indiferente ou a não prestar auxílio aos que perderam a posição. - Quando devo usar este provérbio?
Quando quiser criticar ou descrever falta de solidariedade por parte de pessoas ou instituições com poder ou influência. - É ofensivo dizer isto sobre alguém?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode ser interpretado como acusatório se aplicado directamente a indivíduos sem provas; melhor usá-lo para descrever padrões ou comportamentos institucionais. - Tem origem histórica conhecida?
Não há origem documentada específica associada a este provérbio; reflete uma observação social repetida em várias culturas.
Notas de uso
- Usa-se para criticar a indiferença ou falta de solidariedade por parte de privilegiados ou autoridades.
- Aplica-se a cortes reais, tribunais, organizações, empresas ou círculos sociais — sempre que haja hierarquia e desigualdade.
- Registo: formal/institucional; é comum em textos analíticos, comentários políticos e conversas sobre ética e poder.
- Não é um júri moral absoluto — pode servir tanto para descrever um facto (realidade social) como para censurá-lo.
- Evitar usar como ataque pessoal direto sem contextualizar; funciona melhor ao apontar padrões sistémicos.
Exemplos
- No relatório sobre a reestruturação, ficou claro que, na empresa, os executivos que mantiveram os cargos não ajudaram os despedidos — na corte, os que estão de pé não levantam os que caíram.
- Durante a crise, muitos esperavam apoios, mas a elite política manteve distância: este provérbio resume bem a falta de solidariedade observada.
- Quando o jogador caiu em desgraça, os colegas que tinham contrato renovado ficaram em silêncio — um exemplo prático do ditado.
- Nas reuniões de condomínio, os membros com mais influência ignoraram as dificuldades dos novos vizinhos, confirmando que, em certos meios, quem está por cima não ajuda o que está por baixo.
Variações Sinónimos
- Quem está por cima não ajuda quem está por baixo.
- No meio do poder, os privilegiados não socorrem os caídos.
- Os que mantêm a posição não levantam os que a perderam.
Relacionados
- Cada um por si e Deus por todos (cada um por si)
- A força do poder expõe a fraqueza dos outros
- O poder afasta a compaixão
Contrapontos
- A união faz a força — enfatiza a solidariedade e a ajuda mútua.
- Quem ajuda o próximo, ajuda-se a si próprio — enfatiza responsabilidade coletiva.
- Um por todos, e todos por um — chamada à ação conjunta em vez da indiferença.
Equivalentes
- en
In the court, those who stand do not raise those who have fallen. (similar idea: 'Every man for himself') - es
En la corte, los que están de pie no levantan a los que cayeron. - fr
À la cour, ceux qui sont debout ne relèvent pas ceux qui sont tombés.