Agravos que não têm cura, procurai de os esquecer

Agravos que não têm cura, procurai de os esquece ... Agravos que não têm cura, procurai de os esquecer

Conselho para não gastar energia emocional com danos irreparáveis; aceitar o facto e seguir em frente.

Versão neutra

Se um agravo não tem cura, procurem esquecê‑lo.

Faqs

  • O que significa este provérbio em poucas palavras?
    Significa que não vale a pena gastar tempo e energia com coisas que não podem ser alteradas; é um convite à aceitação e à recuperação.
  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando um dano ou perda é irreparável e insistir no passado impede avançar; deve ser usado com sensibilidade e quando não houver solução prática.
  • Usá‑lo não equivale a ignorar responsabilidades?
    Pode ser interpretado assim se usado indevidamente. O provérbio refere‑se a aceitar o irreversível, não a esquecer deveres legais, éticos ou a memória de injustiças.
  • Como aplicar este conselho sem ser insensível?
    Reconheça a dor, ofereça apoio prático e só sugira 'esquecer' quando for claro que não existe reparação possível e que o foco deve ser a recuperação.

Notas de uso

  • Expressa resignação prática diante de prejuízos ou ofensas que não podem ser reparados.
  • Tom: aconselhador e pragmático; pode soar insensível se usado sem empatia.
  • Gramática: a forma original usa construção arcaica ('procurai de os esquecer'); em linguagem corrente diz‑se 'procurem esquecê‑los' ou 'esqueçam‑no'.
  • Não implica necessariamente perdão ou indiferença — muitas vezes refere‑se a gerir a própria saúde mental e tempo.
  • Não é apropriado quando há remédio jurídico, reparação possível ou obrigação ética de lembrar para prevenir novos danos.

Exemplos

  • Depois do acidente, perceberam que algumas perdas eram irreparáveis; seguiram o conselho de que, quando não há cura, o melhor é tentar esquecer e reconstruir o dia a dia.
  • No escritório, cometeram um erro que não dava para desfazer; em vez de se atormentarem, aplicaram a ideia do provérbio: aprenderam a lição e deixaram o episódio para trás.
  • Quando a relação terminou de forma definitiva, os amigos lembraram‑lhe o provérbio para que não vivesse presa ao passado e conseguisse recuperar rotina e bem‑estar.

Variações Sinónimos

  • O que não tem remédio, remediado está
  • Não adianta chorar sobre o leite derramado
  • Se não tem cura, esquece
  • Água passada não move moinho

Relacionados

  • O que não tem remédio, remediado está
  • Não adianta chorar sobre o leite derramado
  • Água passada não move moinho
  • Viver é aceitar perdas e seguir em frente

Contrapontos

  • Nem todos os 'agravos sem cura' devem ser esquecidos: injustiças graves podem exigir memória e ação coletiva para prevenir repetição.
  • Esquecer sem processar emocionalmente pode levar a efeitos psicológicos negativos; às vezes é necessário lamentar, falar com alguém ou procurar apoio profissional.
  • O provérbio pode ser usado para silenciar vítimas ou evitar responsabilidade; é importante distinguir aceitação saudável de desculpabilização.

Equivalentes

  • inglês
    There's no use crying over spilt milk.
  • espanhol
    Lo que no tiene remedio, remediado está.
  • francês
    Ce qui n'a pas de remède, il faut l'oublier.
  • alemão
    Was nicht zu ändern ist, muss man vergessen.