De boi sonso, marrada certa.
Quem aparenta ser ingénuo ou passivo corre o risco de ser aproveitado ou atacado.
Versão neutra
Quem aparenta ser ingénuo arrisca-se a sofrer consequências ou ser prejudicado.
Faqs
- Quando é apropriado usar este provérbio?
É apropriado em contextos informais para advertir sobre os riscos de aparentar ingenuidade ou de ser complacente. Evitar em situações onde possa justificar agressão ou prejudicar alguém vulnerável. - O provérbio justifica violência contra quem parece fraco?
Não. Apesar do tom punitivo do provérbio, ele serve como aviso social. Não legitima violência ou abuso; tal uso deve ser criticado. - Existe uma origem histórica conhecida?
Não existe fonte histórica única; trata-se de um ditado popular difundido oralmente em comunidades de língua portuguesa. - Posso usar uma forma mais neutra em situações formais?
Sim. Use a versão neutra — por exemplo, 'quem aparenta ser ingénuo arrisca-se a ser prejudicado' — para evitar tom agressivo.
Notas de uso
- Usa-se para advertir contra a aparência de ingenuidade ou complacência que pode encorajar abuso ou aproveitamento.
- Pode ser empregado de forma jocosa entre amigos, mas também para justificar medidas assertivas contra alguém que parece fraco.
- Não deve ser usado para legitimar violência ou abuso contra pessoas vulneráveis; é sobretudo um alerta social.
- Tomar cuidado em contextos profissionais ou formais: pode soar agressivo ou pejorativo.
Exemplos
- Se continuas a mostrar-te demasiado confiante sem provas, lembra-te: de boi sonso, marrada certa — podem aproveitar-se do teu descuido.
- Na negociação, não vás de mão estendida; quem passa por ingénuo costuma perder terreno — de boi sonso, marrada certa.
- Ela fingiu não perceber o esquema, mas acabou por ser enganada; por vezes, quem faz-se de sonso recebe a marrada certa.
- O empresário advertiu a equipa a não subestimar concorrentes: 'de boi sonso, marrada certa' — melhor prevenir do que remediar.
Variações Sinónimos
- Boi sonso, marrada
- Quem se faz de parvo, leva a culpa
- Fazer-se de tonto traz consequências
Relacionados
- Quem se faz de parvo acaba mal
- Não te mostres fraco
- Quem dá o dedo, perde a mão (parcialmente relacionado quanto ao aproveitamento)
Contrapontos
- Nem toda a pessoa que parece ingénua o é; supor fragilidade pode levar a injustiças.
- Usar o provérbio para justificar violência, humilhação ou abuso é eticamente problemático.
- Em contextos de poder desigual, a melhor resposta nem sempre é retaliação; protecção e apoio podem ser mais adequados.
Equivalentes
- inglês
Play stupid games, win stupid prizes. (Quem brinca com perigo acaba por sofrer as consequências) - espanhol
Quien se hace el tonto, lo pasan por tonto. (Quem se faz de parvo costuma ser tratado como tal)