Fianças, confianças, desconfianças, onde entram nunca mais saem

Fianças, confianças, desconfianças, onde entram ... Fianças, confianças, desconfianças, onde entram nunca mais saem.

Advertência de que assumir responsabilidades como fianças ou depositar confiança, e mesmo que surjam desconfianças, cria laços ou consequências difíceis de desfazer.

Versão neutra

Dar fiança, depositar confiança ou suscitar desconfianças cria vínculos ou consequências difíceis de desfazer.

Faqs

  • Significa que nunca se pode sair de uma fiança legalmente?
    Não. O provérbio é uma advertência geral. Em termos legais há formas de libertar um fiador, mas pode ser difícil e moroso; por isso recomenda‑se cautela antes de aceitar.
  • Posso usar este provérbio em contexto profissional?
    Sim, é apropriado para avisar colegas ou clientes sobre compromissos importantes (ex.: aval bancário, parcerias) e sobre riscos de confiança mal ponderada.
  • Refere‑se mais à confiança ou à desconfiança?
    Ambos. A construção junta os três termos para realçar que tanto o acto de confiar ou garantir como a própria desconfiança criam efeitos duradouros.

Notas de uso

  • Usa‑se em contexto informal para avisar contra assumir compromissos — financeiros ou pessoais — que podem prender a pessoa mais do que o previsto.
  • Aplica‑se tanto ao sentido literal (prestar fiança/aval) como ao figurado (confiar em alguém, criando ligação ou dúvida duradoura).
  • Tom de advertência: aconselha prudência antes de dar garantias ou confiança irreversível.

Exemplos

  • Não vás assinar como fiadora por ele sem pensar: fianças, confianças, desconfianças, onde entram nunca mais saem — podes ficar presa às dívidas.
  • Depois daquela traição, ela sempre hesita; quando se instala a desconfiança, é difícil recuperarem a amizade.

Variações Sinónimos

  • Quem dá aval, dificilmente se liberta.
  • Uma vez confiado, fica um rasto de dúvida.
  • Quem presta fiança, fica comprometido.

Relacionados

  • Confia, mas verifica.
  • Quem conta um amigo, conta um tesouro (reverso: a confiança é valiosa, mas arriscada).
  • Uma vez ferido, sempre desconfiado (semelhante a 'once bitten, twice shy').

Contrapontos

  • Existem mecanismos legais para libertar um fiador em determinadas condições; não é impossível sair de todas as obrigações.
  • A confiança pode ser reparada com transparência, tempo e ações consistentes — nem sempre as desconfianças permanecem para sempre.
  • Tomar decisões informadas (ler contratos, pedir garantias) reduz o risco de ficar 'preso'.

Equivalentes

  • English
    Once you act as a guarantor or let suspicion in, it is hard to undo — 'once bitten, twice shy' captures the lingering doubt aspect.
  • Español
    Fianzas, confianzas y desconfianzas, cuando entran ya no salen — usado con sentido similar en contextos de aval y confianza.
  • Français
    Une fois qu'on donne une caution ou que la méfiance s'installe, il est difficile de s'en défaire.