Galinha que muito cisca, acaba na boca da cobra.
Aviso de que quem se expõe, bisbilhota ou actua de forma demasiado ostensiva pode acabar por atrair perigo ou prejuízo.
Versão neutra
Quem muito se expõe acaba por atrair perigo.
Faqs
- O que quer dizer este provérbio em poucas palavras?
Significa que a exposição excessiva, a intromissão ou a ostentação podem atrair riscos ou prejuízos. - Quando posso usar este provérbio?
Ao aconselhar alguém a ser mais discreto, evitar espalhar informação sensível ou deixar de provocar conflitos; em registo informal. - É ofensivo dizer isto a alguém?
Depende do contexto. Pode soar a censura ou a crítica; evitar em situações em que a pessoa foi vítima e não responsável pelo perigo. - Qual é a origem do ditado?
Trata‑se de um provérbio rural antigo transmitido oralmente; não há autoria nem data precisas.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar prudência e reserva em actos que possam provocar atenção indesejada.
- Frequentemente aplicado em contextos sociais, profissionais e nas redes sociais, quando alguém partilha demais ou procura provocar.
- Pode ter tom de crítica a quem é muito intrometido, curioso ou exibicionista.
- Convém evitar usá‑lo para justificar passividade ou para culpar vítimas de agressões; nesse contexto pode ser interpretado como victim‑blaming.
Exemplos
- O Pedro anda a publicar todas as decisões do departamento; tem de ter cuidado — galinha que muito cisca, acaba na boca da cobra.
- Não vás andar a mexer em assuntos alheios: bisbilhotar consome‑te tempo e pode criar inimigos. Galinha que muito cisca, acaba na boca da cobra.
Variações Sinónimos
- Quem muito se expõe acaba por se prejudicar.
- Quem demasiado mexe, atrai o perigo.
- Quem muito bisbilhota dá azo a problemas.
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Mais vale prevenir do que remediar
Contrapontos
- Não deve ser usado para desencorajar iniciativa legítima ou para impedir denúncias de abuso; prudência não é sinónimo de silêncio perante injustiças.
- Interpretar o provérbio literalmente pode criar uma atitude conservadora que penaliza curiosidade e aprendizagem.
- Em contextos modernos (p. ex. activismo, jornalismo) a exposição calculada pode ser necessária e positiva, pelo que o provérbio não é regra absoluta.
Equivalentes
- inglês
Curiosity killed the cat. - espanhol
La curiosidad mató al gato. - francês
La curiosité a tué le chat.