Não é um deus que julga as pessoas, mas é a própria pessoa que faz o julgamento de si mesmo.
Proverbios Budistas
Afirma que o juízo moral depende, em última instância, da consciência e da autoavaliação de cada pessoa, não de uma entidade externa.
Versão neutra
Cada pessoa é, em última instância, juíza de si própria.
Faqs
- Qual é a ideia central deste provérbio?
Que o julgamento moral provém, sobretudo, da consciência e da autoavaliação; cada pessoa tem a responsabilidade de se avaliar sem depender apenas de um juiz exterior. - Pode isto justificar evitar responsabilidades legais?
Não. O provérbio refere‑se ao juízo interior e ético; não anula a existência de leis, sanções ou julgamentos sociais e jurídicos. - Em que contextos é útil usar esta expressão?
Em discussões sobre ética pessoal, responsabilidade, autocrítica e quando se quer incentivar reflexão interior em vez de procurar culpados externos. - Colide com crenças religiosas sobre julgamento divino?
Pode colidir. Algumas religiões defendem um juízo divino final; o provérbio expressa uma perspetiva mais centrada na consciência individual.
Notas de uso
- Usa-se para enfatizar a responsabilidade pessoal sobre avaliações morais e éticas.
- Serve para promover introspeção e autocrítica em vez de procurar culpados externos.
- Não dispensa a existência de leis, processos judiciais ou consequências sociais; refere-se sobretudo ao julgamento interior.
- Em contextos religiosos pode conflitar com crenças sobre juízo divino.
Exemplos
- Depois do erro no projeto, não procurou desculpas: lembrou-se de que cada pessoa é juíza de si própria e assumiu a responsabilidade.
- Quando discutiam quem tinha razão, ela respondeu que, no fim, somos nós que nos julgamos e que a consciência é o árbitro mais exigente.
- Ao avaliar o impacto das suas escolhas, fez um esforço de autoavaliação profunda — acreditava que ninguém mais poderia julgar melhor do que ele mesmo.
Variações Sinónimos
- Cada um é juiz de si próprio
- A consciência é o nosso juiz
- Somos nós que nos julgamos
- Julga‑te a ti mesmo antes de julgares os outros
Relacionados
- Consciência
- Responsabilidade pessoal
- Conhece‑te a ti mesmo (Socrates)
- Não julgarás (princípio bíblico)
- Autocrítica
Contrapontos
- Muitas tradições religiosas defendem a existência de um juízo divino exterior.
- O sistema judicial e as normas sociais impõem sanções e julgamentos objetivos que não dependem da autoavaliação.
- A psicologia mostra que o autojulgamento pode ser tendencioso ou disfuncional (culpa excessiva, minimização).
- A afirmação pode ser usada indevidamente para minimizar responsabilidades legais ou sociais.
Equivalentes
- Inglês
Each person is, in the final analysis, their own judge. - Espanhol
No es un dios quien juzga a las personas, sino la propia persona que se juzga a sí misma. - Francês
Ce n'est pas un dieu qui juge les gens, mais la personne elle‑même qui se juge. - Alemão
Es ist nicht ein Gott, der die Menschen richtet, sondern der Mensch richtet sich selbst. - Latim
Non deus iudicat homines, sed ipse homo se iudicat.