Não tenhas medo, se não houver outra escolha.

Não tenhas medo, se não houver outra escolha.
Proverbios Judaicos

Incentiva a enfrentar com coragem uma ação inevitável quando não existe alternativa viável.

Versão neutra

Não temas quando não houver alternativa.

O provérbio significa que devemos fazer qualquer coisa mesmo que seja perigoso?
Não necessariamente. O provérbio encoraja a enfrentar o inevitável, mas não exonera de avaliar riscos, procurar alternativas ou obter consentimento. A prudência mantém-se importante.
Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se quer consolar ou motivar alguém que enfrenta uma decisão forçada ou inevitável — por exemplo em tratamentos médicos, mudanças profissionais ou emergências — e quando não há alternativas viáveis.
Pode este provérbio ser usado para justificar más ações?
Pode ser invocado indevidamente para justificar ações eticamente problemáticas. É importante distinguir entre inevitabilidade factual e pretexto para evitar responsabilidade moral.

Usa-se para encorajar alguém a aceitar uma decisão necessária, sobretudo perante situações difíceis.
Implica que a falta de alternativas legitima superar o receio, mas não invalida a necessidade de avaliar riscos.
Pode ocorrer em contextos práticos (decisões profissionais, médicas) ou morais; o contexto define se é conselho apropriado.

Depois de esgotarem todas as opções de tratamento, o médico disse: «Não tenhas medo, se não houver outra escolha — vamos avançar com a cirurgia».
Perante a falência iminente da empresa, decidiram aceitar a oferta arriscada do investidor; lembraram-se do provérbio: «Não tenhas medo, se não houver outra escolha».
Quando os invasores bloquearam a estrada, os viajantes tiveram de atravessar o rio à noite; não tinham alternativa e fizeram-no com cuidado.
Ela hesitou em aceitar o cargo no estrangeiro, mas percebeu que, naquela conjuntura, era a única forma de progredir na carreira — decidiu não ter medo.

Não é uma justificação para agir de forma precipitada ou imprudente apenas porque não há alternativas aparentes.
O medo pode ser um sinal legítimo para procurar mais informação ou adiar a decisão; coragem não é sinónimo de temeridade.
Decisões tomadas sob coação ou sem consentimento exigem reflexão ética, mesmo que pareçam inevitáveis.