Negócio que não dá ganho e faca que não corta, inda que o diabo os lle

Negócio que não dá ganho e faca que não corta, ... Negócio que não dá ganho e faca que não corta, inda que o diabo os leve, pouco importa.

Coisas que não são úteis ou não trazem lucro pouco importam; convém desapegar-se delas.

Versão neutra

Negócio que não dá lucro e faca que não corta, mesmo que alguém os leve, pouco importa.

Faqs

  • Qual é o sentido do provérbio?
    Significa que não vale a pena apegar‑se a negócios, objectos ou situações que não trazem vantagem ou utilidade; é um conselho para desapegar‑se do que é inútil ou que causa prejuízo.
  • Quando devo usar este provérbio?
    Usa‑o ao aconselhar alguém a desistir de algo sem proveito económico ou prático, ou como forma de consolo após uma perda material de pouco valor. Evita‑o se houver valor sentimental, legal ou estratégico envolvido.
  • Qual é a origem deste provérbio e o que significa 'inda'?
    A origem exacta não é documentada; parece provir do léxico popular rural/empresarial antigo. 'Inda' é uma forma arcaica de 'ainda' usada em versões antigas do português.
  • O provérbio é ofensivo?
    Em geral não é ofensivo; é um ditado pragmático. Contudo, usado insensivelmente pode desvalorizar sentimentos alheios se a perda for significativa para outra pessoa.

Notas de uso

  • Usa-se para aconselhar a não insistir em negócios, objectos ou situações sem proveito.
  • Pode servir para consolar alguém após perder algo de pouco valor prático ou económico.
  • Tomar o provérbio literalmente (por exemplo, evitar garantir substituições legais) não é recomendado — ponderar contexto e valor sentimental.
  • Linguagem e ortografia (
  • A forma 'inda' indica grafia arcaica; em português contemporâneo escreve‑se 'ainda'.

Exemplos

  • Vendemos a maquinaria obsoleta por pouco; como diziam os avós, negócio que não dá ganho e faca que não corta, pouco importa — mais espaço e menos custos.
  • Perdemos um contrato que já nos estava a dar prejuízo. Ela consolou‑se com o provérbio: 'negócio que não dá ganho... pouco importa' e propôs procurar oportunidades melhores.
  • Quando se trata de um objecto sem utilidade prática, às vezes é melhor desfazer‑se dele: 'faca que não corta, inda que o diabo a leve' — não vale a pena guardar.

Variações Sinónimos

  • Negócio que não dá lucro e faca que não corta, ainda que o diabo os leve, pouco importa.
  • O que não dá ganho não vale a pena guardar.
  • Faca que não corta, bota fora.

Relacionados

  • Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar (relacionado à valorização do que é útil/seguro).
  • Quem tudo quer, tudo perde (advertência contra apego a tudo indiscriminadamente).
  • Não chores sobre leite derramado (consolar perdas pequenas).

Contrapontos

  • Não se aplica quando o objecto ou situação tem valor sentimental ou histórico — nesse caso o 'pouco importa' pode ser inaplicável.
  • Quando a perda de algo aparentemente sem valor acarreta consequências legais, de segurança ou reputacionais, não se deve simplesmente 'deixar ir'.
  • Em processos estratégicos, abandonar algo 'sem ganho imediato' pode impedir ganhos futuros; avaliar antes de descartar.

Equivalentes

  • Inglês
    If it won't bring profit or use, let it go.
  • Espanhol
    Negocio que no da ganancia y cuchillo que no corta, aunque el diablo los lleve, poco importa.
  • Francês
    Affaire qui n'apporte pas de gain et couteau qui ne coupe pas, même si le diable les emporte, peu importe.
  • Alemão
    Ein Geschäft, das keinen Gewinn bringt, und ein Messer, das nicht schneidet — selbst wenn der Teufel sie nimmt, spielt es kaum eine Rolle.
  • Italiano
    Affare che non dà guadagno e coltello che non taglia, anche se il diavolo li porta via, poco importa.