O abuso das riquezas é pior que a falta delas.

O abuso das riquezas é pior que a falta delas.
 ... O abuso das riquezas é pior que a falta delas.

Adverte que o uso excessivo, egoísta ou corrupto da riqueza tende a causar mais danos do que a simples privação económica.

Versão neutra

O uso excessivo ou abusivo da riqueza pode causar mais prejuízos do que a sua ausência.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer sublinhar que o mau uso, a ostentação, a corrupção ou a exploração associadas à riqueza podem provocar danos sociais e morais superiores aos causados pela simples escassez. É adequado em debates éticos, discussões sobre justiça social e críticas a práticas empresariais irresponsáveis.
  • O provérbio é contra a riqueza em si?
    Não necessariamente. O foco está no 'abuso' — isto é, na utilização errada ou predatória da riqueza. Riqueza gerida de forma responsável pode gerar benefícios; o provérbio critica o uso prejudicial e desproporcionado.
  • Como aplicar esta ideia em termos práticos?
    Promovendo práticas como transparência financeira, tributação justa, investimento socialmente responsável e políticas que reduzam a desigualdade; também serve para orientar decisões pessoais sobre consumo e poupança.

Notas de uso

  • Usa-se para criticar desperdício, ostentação, corrupção ou exploração que acompanhe a riqueza.
  • Funciona em discursos morais, debates sobre política económica, responsabilidade corporativa e educação financeira.
  • Não implica que a pobreza seja desejável; pretende contrastar os tipos de dano associados a duas situações distintas.
  • Tomar o provérbio literalmente pode ocultar nuances: riqueza bem gerida pode trazer benefícios sociais significativos.

Exemplos

  • Numa comunidade onde alguns gastam em luxo e outros passam fome, diz-se que o abuso das riquezas é pior que a falta delas, porque a desigualdade aprofunda o sofrimento.
  • Quando uma empresa explora recursos naturais sem reinvestir nem respeitar o ambiente, o abuso das riquezas torna-se mais danoso do que a mera escassez de bens, pois compromete o futuro.
  • Ao ver a corrupção que enriquece poucos enquanto serviços públicos deterioram-se, comentou-se que o abuso das riquezas é pior que a falta delas.

Variações Sinónimos

  • O excesso de riqueza é mais pernicioso do que a sua ausência.
  • Pior que ser pobre é ser vítima do abuso da riqueza alheia.
  • Mais dano faz o mau uso das riquezas do que a sua falta.

Relacionados

  • O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males (afirmação bíblica frequentemente citada em debates éticos).
  • Quem muito quer, tudo perde (alerta contra a ganância).
  • Não se pode servir a Deus e ao dinheiro (crítica à submissão exclusiva ao lucro).

Contrapontos

  • A falta de riqueza causa carências imediatas — fome, doença e ausência de oportunidades — que também geram grandes danos.
  • Riqueza bem administrada promove investimento, inovação e bem-estar colectivo; o problema é o abuso, não a existência da riqueza.
  • A ênfase no ‘abuso’ deve distinguir entre responsabilidade individual e falhas estruturais que produzem desigualdade.

Equivalentes

  • Inglês
    The abuse of wealth is worse than the lack of it.
  • Espanhol
    El abuso de las riquezas es peor que su falta.
  • Francês
    L'abus des richesses est pire que leur absence.
  • Alemão
    Der Missbrauch des Reichtums ist schlimmer als sein Mangel.
  • Referência bíblica (idéia relacionada)
    "O amor do dinheiro é a raiz de todos os males." (1 Timóteo 6:10) — não idêntico, mas frequentemente invocado no mesmo tipo de críticas.