O ignorante é pouco tolerante

Sugere que a falta de conhecimento ou compreensão está associada à menor capacidade de aceitar ideias, crenças ou comportamentos diferentes.

Versão neutra

A falta de conhecimento tende a reduzir a tolerância

O provérbio é ofensivo?
O provérbio descreve uma tendência comportamental; contudo, aplicado a pessoas concretas pode ser percebido como ofensivo. Use-o com cautela e preferencialmente para analisar causas e não para insultar.
Quando é apropriado usar esta expressão?
Em análises socioculturais, debates pedagógicos ou conversas sobre preconceito, para sublinhar que a falta de informação e de contacto com o diferente pode fomentar intolerância.
Existem bases científicas para a ideia?
Estudos em psicologia social e ciências sociais indicam que desconhecimento e ausência de contacto com grupos diferentes tendem a aumentar estereótipos e medo, o que pode promover atitudes intolerantes.

Usa-se para explicar reacções fechadas ou hostis que provêm da desinformação ou da falta de contacto com o diferente.
É uma observação geral — não deve ser usada como justificação automática nem como insulto direto a alguém.
Aplicável em contextos educativos, sociais e de debate público, quando se pretende enfatizar a necessidade de informação e empatia.
Evitar usar o provérbio para estigmatizar grupos inteiros; prefira apontar comportamentos concretos e promover aprendizagem.

Num debate sobre costumes estrangeiros, muitos adoptaram posições hostis sem perguntar; foi então que alguém comentou: 'O ignorante é pouco tolerante'.
Na escola, o professor explicou as causas históricas das diferenças culturais para mostrar que 'a falta de conhecimento tende a reduzir a tolerância' e assim diminuir preconceitos.
Ao discutir políticas públicas, lembrou-se que rotular adversários sem ouvir argumentos contribui para a ideia de que o ignorante é pouco tolerante.

Nem toda a ignorância conduz automaticamente à intolerância; educação, experiência pessoal e valores também moldam atitudes.
Algumas posições intolerantes podem decorrer de convicções firmes ou medos legítimos, e não apenas de falta de conhecimento.
Usar o provérbio como rótulo pode fechar o diálogo; é mais eficaz apontar lacunas de informação e convidar ao esclarecimento.