O que é bom para o fígado, é mau para o baço.
Significa que uma solução ou vantagem para uma parte pode causar prejuízo noutra; alerta para os compromissos e efeitos colaterais das escolhas.
Versão neutra
O que beneficia um aspeto pode prejudicar outro — toda escolha tem consequências e compromissos.
Faqs
- O provérbio deve ser tomado literalmente em medicina?
Não. É usado metaforicamente para indicar compensações entre benefícios e prejuízos; decisões médicas exigem evidência científica e avaliação clínica. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Ao discutir escolhas com efeitos contraditórios — por exemplo políticas públicas, estratégias empresariais ou decisões pessoais que beneficiam um aspeto em detrimento de outro. - Tem uma origem histórica conhecida?
Não há registo de origem precisa. É um provérbio popular que se transmite oralmente e adapta-se a contextos diversos.
Notas de uso
- Usado sobretudo de forma metafórica para discutir trade-offs em decisões pessoais, políticas, económicas ou empresariais.
- Não deve ser interpretado literalmente como conselho médico; refere-se a consequências indiretas ou não desejadas.
- Útil para sublinhar a necessidade de avaliar efeitos colaterais e compensações antes de agir.
Exemplos
- Ao privilegiar a rapidez de produção, a empresa ganhou em eficiência imediata, mas perdeu qualidade: o que é bom para o 'fígado' foi mau para o 'baço'.
- Reduzir o orçamento de prevenção pode baixar custos a curto prazo, mas aumentar despesas futuras com tratamentos — um caso clássico de que o que é bom para o fígado é mau para o baço.
- Adotar uma política fiscal que favoreça um setor pode desestabilizar outro; convém analisar quem ganha e quem perde antes de decidir.
Variações Sinónimos
- Cada vantagem tem o seu preço.
- Ganhar por um lado, perder por outro.
- Não há vantagem sem custo.
- Há sempre um lado B.
Relacionados
- Não se pode ter tudo.
- Não há almoços grátis.
- Quem tudo quer, tudo perde.
Contrapontos
- Nem sempre: algumas soluções conseguem conciliar benefícios sem prejuízo evidente noutro aspeto.
- É preciso avaliar caso a caso; o provérbio destaca um risco, não uma regra absoluta.
- Procura-se o equilíbrio — mitigando efeitos negativos através de compensações ou adaptações.
Equivalentes
- en
What is good for the liver is bad for the spleen. (literal); There is no such thing as a free lunch. (conceptual equivalent) - es
Lo que es bueno para el hígado, es malo para el bazo. (literal); No hay almuerzo gratis. (equivalente conceptual) - fr
Ce qui est bon pour le foie est mauvais pour la rate. (literal)