Um segredo é pouco para um, suficiente para dois e demais para três.
Provérbios Indianos
Um segredo sozinho perde utilidade; partilhado entre duas pessoas costuma manter-se seguro; com três aumenta o risco de divulgação.
Versão neutra
Um segredo tem pouco sentido se for só do próprio; entre duas pessoas está mais protegido; com três é mais provável que se torne público.
Faqs
- Qual é a mensagem principal deste provérbio?
Que quanto maior o número de pessoas que conhecem um segredo, maior a probabilidade de ele ser divulgado; por isso se recomenda cautela ao partilhar informações sensíveis. - É sempre errado partilhar um segredo com três pessoas?
Não necessariamente; o provérbio dá uma regra prática baseada em risco social. Em contextos formais, podem existir razões válidas para envolver mais pessoas, especialmente com salvaguardas apropriadas. - Como se aplica este provérbio no trabalho?
Sugere limitar a circulação de informação confidencial a quem realmente precisa de a saber e recorrer a procedimentos formais (acessos, NDA) quando for necessário partilhar com várias pessoas. - Tem origem conhecida ou autor identificado?
Não há um autor ou origem documentada; é um ditado popular transmitido oralmente na língua portuguesa.
Notas de uso
- Usa-se para aconselhar discrição e cautela ao partilhar informações pessoais ou confidenciais.
- Tom e registo: popular e coloquial; apropriado em conversas informais e advertências.
- Fonte de advertência para ambientes profissionais onde a confidencialidade é importante.
- Não implica que duas pessoas nunca irão trair um segredo — refere-se a probabilidade e à dinâmica social.
Exemplos
- Ela hesitou em contar o problema a mais pessoas porque se lembrava do provérbio: um segredo é suficiente para dois, demais para três.
- No escritório, concordaram que só dois sabiam da reestruturação para reduzir o risco de fuga de informação.
- Ao planear a surpresa, decidiram limitar a lista a duas pessoas porque, com três, aumentaria a probabilidade de se descobrir.
Variações Sinónimos
- Segredo a dois, segredo bem guardado; a três, já não é segredo.
- Segredo a um não serve, a dois é seguro, a três espalha-se.
- O segredo de dois cabe nos dedos, o de três não cabe no mundo.
Relacionados
- Em boca fechada não entra mosca.
- Contar o segredo é perdê-lo.
- Quem muito fala dá bom dia a cavalo.
Contrapontos
- Em certos contextos, partilhar com mais pessoas pode reforçar a segurança (ex.: testemunhas, validação de decisões).
- Na gestão profissional da informação, mecanismos formais (contratos de confidencialidade, controlos de acesso) substituem a regra empírica do provérbio.
- A transparência em equipa pode impedir mal-entendidos; nem todos os segredos devem ser preservados se põem terceiros em risco.
Equivalentes
- Português (variante)
Segredo a dois, segredo guardado; a três, espalha-se. - Inglês
Three may keep a secret, if two of them are dead. (Ben Franklin) — reflexo irónico da ideia de que manter um segredo entre três é difícil. - Espanhol
Secreto entre dos, secreto seguro; entre tres, ya no es secreto.