Onde reina a força, o direito não tem lugar.

Quando o poder coercivo domina, as normas legais e os direitos deixam de ser respeitados.

Versão neutra

Onde domina a força, o direito não prevalece.

Qual é a ideia principal deste provérbio?
Expressa que quando o poder coercivo domina (violência, autoritarismo, intimidação), as regras e direitos legais passam a ser ignorados ou anulados.
Em que contextos posso usar este provérbio?
Em análises políticas, críticas sociais, debates sobre autoritarismo, abuso de poder ou quando se pretende denunciar a impunidade e a ausência de Estado de direito.
O provérbio é literal ou figurado?
É sobretudo figurado: refere‑se à situação em que a força suprime a aplicação justa da lei, não apenas ao uso físico da força em sentido estrito.
Tem origem conhecida?
Não há uma origem documentada precisa; trata‑se de uma formulação condensada de uma ideia recorrente na reflexão política e jurídica.

Usa-se para criticar situações em que a violência, a intimidação ou o autoritarismo suprimem a justiça e a lei.
Tem tom geralmente crítico e pessimista; adequado para análise política, social ou jurídica.
Pode empregar-se tanto em registo formal (artigos, ensaios) como em registo coloquial (debates, conversas).
Não é uma fórmula prescritiva; descreve um facto observado ou uma advertência sobre os perigos da arbitrariedade.

Num regime em que as autoridades usam a violência para silenciar opositores, aplica‑se o proverbio: onde reina a força, o direito não tem lugar.
Os cidadãos protestaram contra a impunidade: ‘onde reina a força, o direito não tem lugar’, disseram, exigindo investigações independentes.
Quando uma empresa recorria a intimidações para calar críticas, os juristas recordaram que, nessa situação, o direito deixava de ser efectivo.

O poder corrompe; o poder absoluto corrompe absolutamente. (Lord Acton)
Aos poderosos tudo lhes é permitido (comentário crítico sobre impunidade).
A lei é igual para todos (afirmação do ideal jurídico, frequentemente contraposta).