A força é a medida do direito.

Afirma que aquilo que o poder consegue impor é considerado 'direito' — isto é, o exercício da força determina o que é reconhecido como legítimo.

Versão neutra

O poder determina o que é considerado justo.

O provérbio significa que devemos aceitar a violência como justa?
Não necessariamente. O provérbio descreve uma relação factual entre poder e reconhecimento do 'direito', e pode ser usado de forma crítica para condenar essa realidade, não para a justificar.
Tem origem conhecida ou autor identificado?
Não existe uma origem documentada precisa para esta formulação; trata-se de uma ideia antiga presente em muitas tradições políticas e filosóficas que observam a primazia do poder material.
É adequado usar este provérbio em contextos académicos?
Sim, sobretudo em discussões históricas, sociológicas ou de teoria política, onde pode ilustrar como a força influenciou normas e instituições. Deve, porém, ser acompanhado de análise crítica.

Usado frequentemente para descrever realidades políticas ou históricas em que o poder material ou militar decide normas.
Tem um tom descritivo ou crítico; raramente é usado como justificação normativa em contextos éticos ou jurídicos contemporâneos.
Evitar usar em argumentos jurídicos formais, pois pode ser interpretado como defesa de ilegalidade ou autoritarismo.
Útil em análises de relações de poder, história das guerras, colonização, e estudos de sociologia política.

Durante a ocupação, as autoridades locais reforçaram que a força é a medida do direito, impondo regras que antes não eram aceites pela população.
Num debate sobre intervenção estrangeira, um comentador disse que, na prática, a força é a medida do direito — não por justiça, mas por capacidade de impor decisões.
No ambiente empresarial, quando uma empresa dominante impõe práticas ao mercado, alguns argumentam que a força é a medida do direito, já que os concorrentes têm pouca margem para recusa.

O direito deve assentar em princípios, leis e consensos, não somente na força.
Legitimidade distingue-se de capacidade; impor algo pela força não o torna moralmente ou legalmente justo.
Direitos humanos e sistemas jurídicos modernos procuram limitar a arbitrariedade do poder.