Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto.

Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto.  ... Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto.

Afirma que traços inatos ou hábitos formados cedo são difíceis de alterar.

Versão neutra

Traços e hábitos formados cedo tendem a persistir, embora possam ser alterados com esforço e intervenção.

Faqs

  • O que quer dizer este provérbio?
    Que hábitos ou traços com que alguém nasce ou que se formam cedo tendem a persistir e são difíceis de mudar.
  • É correto usar este provérbio para falar de pessoas?
    Pode soar pejorativo e determinista; convém evitar‑lo quando se trata de caracterizar pessoas, sobretudo em contextos profissionais ou sensíveis.
  • O provérbio elimina a possibilidade de mudança?
    Não necessariamente; é uma visão tradicional e fatalista. A experiência e a investigação mostram que mudança é possível com esforço, apoio e condições apropriadas.

Notas de uso

  • Usado frequentemente em contextos informais para justificar a persistência de comportamentos ou carácter.
  • Tem um registo fatalista e determinista; pode ser usado de forma pejorativa para rotular pessoas.
  • Não é adequado em contextos profissionais ou terapêuticos, onde se valoriza a mudança e o desenvolvimento.
  • Pode aplicar‑se metaforicamente a objetos (madeira, árvores) ou a hábitos/conductas humanas.

Exemplos

  • Quando o Luís continuava a chegar atrasado, o tio comentou: «Pau que nasce torto, não tem jeito, morre torto», sugerindo que aquilo já vinha de antigo.
  • Numa assembleia, alguém usou o provérbio para criticar um funcionário; a directora reprimiu‑o, lembrando que «essas generalizações podem ser injustas».
  • A psicóloga contrapôs: «É verdade que hábitos antigos são resistentes, mas com terapia e prática muitas pessoas mudam.»

Variações Sinónimos

  • Pau que nasce torto nunca se endireita.
  • Madeira torta não se endireita.
  • Pau torto nunca se endireita.

Relacionados

  • Filho de peixe, peixinho é (sobre traços herdados ou típicos de uma família)
  • Quem nasce para tamanco nunca chega a sapato (variação regional sobre destino/idade)

Contrapontos

  • A ciência do comportamento e a psicologia mostram que muitas características e hábitos podem mudar com intervenção, educação e prática sustentada.
  • O provérbio ignora o papel do ambiente, da educação e das oportunidades no desenvolvimento pessoal.
  • Usá‑lo para justificar exclusão ou discriminação é eticamente problemático e socialmente redutor.

Equivalentes

  • inglês
    A leopard can't change its spots / You can't teach an old dog new tricks
  • espanhol
    Árbol que nace torcido, jamás su tronco endereza.
  • francês
    Chassez le naturel, il revient au galop (expressa dificuldade de mudar a natureza).