Pobre, mas não da graça de Deus.
Afirma que a pobreza material não implica falta de dignidade, honra ou decência; 'sou pobre, mas mantenho princÃpios'.
Versão neutra
Sou pobre, mas mantenho a minha dignidade e princÃpios.
Faqs
- O que significa exactamente este provérbio?
Significa que, apesar de alguém ser pobre em termos materiais, mantém honra, decência ou princÃpios — a pobreza não define o valor moral da pessoa. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Quando se pretende defender a dignidade de alguém que enfrenta desprezo por motivos económicos; é apropriado em registo coloquial, evitando usos que possam humilhar outras pessoas. - Tem conotações religiosas?
Sim: a expressão 'graça de Deus' evoca valores religiosos tradicionais, embora hoje muitas pessoas a interpretem de forma metafórica (dignidade, honra). - Pode ser ofensivo?
Potencialmente. Pode reforçar estereótipos sobre pobreza ou ser usado de modo sarcástico para humilhar. Usar com cuidado e sensibilidade. - Qual é a origem do provérbio?
Trata‑se de um ditado popular de âmbito ibérico com influência da cultura católica e das tradições rurais; a origem exacta não é documentada.
Notas de uso
- Usado para defender a honra ou a conduta moral de quem é economicamente pobre.
- Tom frequentemente orgulhoso ou defensivo; pode surgir em respostas a insultos ou desprezo social.
- Registo coloquial e tradicional; usado sobretudo em contextos familiares e comunitários.
- Pode ter conotação religiosa ('graça de Deus') ou ser interpretado metaforicamente (dignidade, honra).
- Ao empregar o provérbio, convém evitar reforçar estigmas sobre pobreza ou insensibilidade perante desigualdades.
Exemplos
- Quando lhe propuseram trabalho degradante por pouco dinheiro, ele respondeu: 'Pobre, mas não da graça de Deus' — antes prefiro recusar.
- Ao ouvir comentários maldosos sobre a sua condição, Maria replicou com firmeza: 'Pobre, mas não da graça de Deus', mostrando orgulho na sua integridade.
Variações Sinónimos
- Pobre, mas honesto.
- Pobre e honrado.
- Melhor ser pobre e honrado do que rico e desonesto.
Relacionados
- Antes pobre e honrado do que rico e desonesto.
- Honra não se compra.
- Quem tem princÃpios não se vende.
Contrapontos
- O provérbio pode naturalizar a pobreza como algo aceitável desde que a pessoa seja 'digna', desviando atenção das causas sociais e económicas da pobreza.
- A referência a 'graça de Deus' mistura valor moral com fé religiosa, o que nem sempre é apropriado em contextos laicos.
- Usado de forma irónica, o provérbio pode mascarar vergonha ou insegurança em vez de afirmar dignidade.
Equivalentes
- Inglês
Poor, but proud / Poor, but honest. - Espanhol
Pobre, pero honrado. - Francês
Pauvre, mais digne / Pauvre, mais honnête.