Quando todos pagam nada é caro
Se o custo é repartido entre muitas pessoas, cada uma paga pouco e a despesa deixa de parecer elevada.
Versão neutra
Quando o custo é dividido por todos, deixa de parecer caro.
Faqs
- Em que situações se aplica este provérbio?
Aplica‑se em qualquer contexto onde uma despesa é repartida entre várias pessoas: compras colectivas, eventos, serviços comunitários, projetos municipais ou seguros. É especialmente relevante quando há ganho pelo aumento da escala. - Significa que devemos sempre dividir custos?
Não necessariamente. Dividir custos torna muitas coisas mais acessíveis, mas é preciso garantir justiça na contribuição, boa gestão e evitar desperdício ou abuso por parte de quem não participa. - É um argumento válido para impostos ou taxas públicas?
Pode ser usado para justificar iniciativas públicas de financiamento coletivo (ex.: serviços essenciais), mas a sua validade depende da equidade, transparência e eficácia da despesa pública. - Quais os riscos associados a esta ideia?
Riscos incluem free‑riding (alguns beneficiam sem pagar), falta de controlo sobre gastos, e a perceção de que algo 'é de todos' pode levar a menor cuidado ou manutenção.
Notas de uso
- Usa‑se para justificar compras, serviços ou investimentos feitos em comum, onde o custo é dividido por várias pessoas.
- Aplica‑se tanto a despesas informais (ex.: uma prenda colectiva, um almoço) como a despesas públicas ou coletivas (ex.: infraestruturas, seguros).
- Implica a ideia de economia de escala e de diluição do ônus financeiro, mas não garante eficiência nem justiça na repartição.
- Não é argumento absoluto: se houver desperdício, má gestão ou freeloaders, repartir o custo não resolve o problema.
Exemplos
- Se cada vizinho contribuir cinco euros para a compra do equipamento para a praça, fica barato — quando todos pagam nada é caro.
- A câmara propõe um pequeno aumento de taxa por habitante para renovar a rede de águas; distribuindo o custo, a obra não pesa a ninguém.
Variações Sinónimos
- Dividido entre muitos, sai barato.
- A muitos custa pouco.
- Repartindo o custo, tudo fica mais acessível.
- A muitos mãos, menos despesa.
Relacionados
- A muitos, pouco custa.
- Quem poupa, tem para amanhã.
- Às vezes é melhor um pouco de todos do que muito de um.
Contrapontos
- O que é de todos não é de ninguém — alerta para o risco de desleixo quando a responsabilidade é colectiva.
- Quem não contribui não tem direito a reclamar — sobre o princípio de justiça contributiva.
- Nem sempre repartir custos resolve problemas de eficiência ou corrupção; é preciso boa gestão.
Equivalentes
- Inglês
Split the cost among many and it won't seem expensive (or: Shared costs make things affordable). - Espanhol
Repartiendo el coste entre todos, nada sale caro. - Francês
À plusieurs, ça revient moins cher. - Alemão
Wenn viele mitbezahlen, erscheint es nicht teuer. - Italiano
Dividendo la spesa tra tutti, niente sembra caro.