Quem andou, não tem para andar.
Quem gastou ou se esbanjou anteriormente fica sem meios para continuar ou para enfrentar necessidades posteriores.
Versão neutra
Quem gastou demais, depois não tem recursos para continuar.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se ao comentar ou advertir sobre comportamentos de consumo impulsivo, falta de reservas financeiras ou gestão desregrada de recursos que deixam alguém sem meios para o futuro. - É um provérbio regional ou amplamente compreendido?
É compreendido em contextos de língua portuguesa como uma expressão de prudência financeira; a sua formulação exacta pode variar regionalmente. - Tem conotação negativa ou pode ser usado de forma neutra?
Normalmente tem uma conotação crítica ou de aviso, mas pode ser dito de forma neutra para descrever factos objectivos sobre falta de recursos após gastos.
Notas de uso
- Usa‑se para advertir sobre os riscos de gastar de forma desregrada ou de não reservar fundos para o futuro.
- Aplica‑se tanto a situações pessoais (finanças domésticas, consumos imediatos) como a contextos colectivos (orçamentos de empresas, tesouros de associações).
- Tom de conselho/prudência; pode ser dito com ironia quando alguém se arrepende de gastos passados.
- Não é ofensivo por si, mas pode ter tom crítico quando dirigido a comportamentos individuais.
Exemplos
- Recebeu um bónus e gastou tudo em festas; agora, com as contas a chegar, percebeu que quem andou, não tem para andar.
- A associação usou as reservas em projetos sem planeamento e, quando surgiu uma emergência, não havia fundos — quem andou, não tem para andar.
- Depois de anos a viver acima das possibilidades, ficou sem poupanças; o provérbio aplica‑se bem à sua situação: quem andou, não tem para andar.
Variações Sinónimos
- Quem gastou tudo, depois não tem.
- Gastar hoje, ficar sem amanhã.
- Do que vem fácil, vai fácil (variação temática).
Relacionados
- Dinheiro vem, dinheiro vai
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- Quem tudo quer, tudo perde
Contrapontos
- Quem guarda, tem — enfatiza a poupança em vez do gasto.
- Quem não arrisca, não petisca — argumenta a favor de tomar iniciativas que impliquem gastar ou investir.
Equivalentes
- Inglês
Easy come, easy go. - Espanhol
Lo que fácil viene, fácil se va. - Francês
Ce qui vient facilement s'en va aussi facilement.