Quem dorme, não peca.

Quem dorme, não peca.
 ... Quem dorme, não peca.

Sugere que, ao ficar inactivo ou fora do alcance de tentações, evita‑se cometer erros ou pecados; muitas vezes usado ironicamente para criticar a passividade.

Versão neutra

Quem não age, não erra.

Faqs

  • Este provérbio é uma defesa da preguiça?
    Nem sempre. Pode ser usado irónica ou criticamente para justificar inação, mas também serve como comentário sobre segurança ou evitar tentações. Não é um argumento válido para justificar negligência profissional.
  • Tem origem religiosa?
    A referência a 'pecar' traz uma conotação moral/religiosa, mas o provérbio é de uso popular e a sua origem exacta é incerta. Usa‑se tanto em contextos laicos como religiosos.
  • Quando não devo usar este provérbio?
    Evite usá‑lo para justificar omissão perante responsabilidades legais, profissionais ou cívicas; também prefere‑se não utilizá‑lo em argumentos formais sem clarificar a intenção.

Notas de uso

  • Uso habitual em contexto coloquial e familiar; tom frequentemente irónico ou bem‑humorado.
  • Pode servir tanto como justificação para não agir (omissão) como crítica a quem evita responsabilidades.
  • Contém conotação moral (pecado) que pode ser mais sensível em contextos religiosos.
  • Evitar empregá‑lo como argumento sério para justificar negligência profissional ou civil.

Exemplos

  • Quando lhe pediram que tomasse a iniciativa, Maria preferiu não se comprometer: 'quem dorme, não peca', murmurou.
  • Usar 'quem dorme, não peca' para justificar não votar é uma forma de evitar responsabilidade cívica e não se aplica bem a esse contexto.
  • O chefe culpou o empregado por não sugerir melhorias; este respondeu ironicamente: 'quem dorme, não peca', mostrando que preferira não arriscar.

Variações Sinónimos

  • Quem não faz não erra.
  • Quem fica parado não se engana.
  • Quem não age não peca.

Relacionados

  • Quem não arrisca não petisca (contraponto: promove a ação apesar do risco).
  • Mais vale prevenir do que remediar (foca na precaução em vez da inação).
  • Dormir sobre o assunto (adiar decisões; diferente em nuance).

Contrapontos

  • A inércia evita erros mas também impede oportunidades e progresso.
  • A omissão pode constituir cumplicidade perante injustiças — não agir nem sempre é moralmente inocente.
  • Em contextos profissionais e cívicos, a falta de ação pode ter consequências negativas maiores do que um erro bem intencionado.

Equivalentes

  • Inglês
    Literal: 'He who sleeps does not sin.' (não há expressão idiomática exatamente equivalente)
  • Espanhol
    Literal: 'Quien duerme, no peca.'
  • Francês
    Literal: 'Qui dort ne pèche pas.'

Provérbios