Quem não vê não peca

Afirma que a falta de conhecimento ou de contacto com algo evita culpa, responsabilidade moral ou impacto emocional.

Versão neutra

Se alguém não tem conhecimento de um facto, tende a não se sentir culpado por ele, mas isso não elimina responsabilidades objetivas.

Significa que é aceitável ocultar erros?
Não. O provérbio descreve uma atitude comum mas não é uma justificação ética ou prática para ocultar erros, sobretudo quando há responsabilidades ou consequências.
Pode servir de defesa legal?
Em geral não. Em muitos casos a falta de conhecimento não elimina obrigações legais, especialmente quando existem registos, testemunhas ou normas de responsabilidade objetiva.
Em que contextos se usa mais frequentemente?
Em conversas informais, em tom de brincadeira ou desculpa leve, e em comentários sobre comportamento humano que evita confrontos ou preocupações.

Usado coloquialmente para justificar pequenas faltas ou omissões, frequentemente em tom jocoso ou desculpabilizador.
Pode surgir como racionalização: não ver um acto leva a não sentir remorso.
Não constitui justificação legal ou moral em situações documentadas ou quando há responsabilidade objetiva.
Tem conotação informal; em contextos formais é provavelmente inapropriado.
Pode ser usado ironicamente para criticar quem tenta evitar responsabilidades.

O António comeu o último bolo da caixa e, embaraçado, murmurou 'quem não vê não peca' quando a filha entrou na cozinha.
No caso de falha de segurança informática, dizer 'quem não vê não peca' não impede investigação interna nem possíveis sanções, pois há registos.
Quando alguém ignora um problema para evitar preocupação, pode justificar-se com este provérbio; contudo, a situação pode piorar se o problema não for tratado.

Ignorância não é desculpa: em muitos domínios legais e profissionais, a falta de conhecimento não elimina responsabilidade.
Em relações pessoais, não ver ou saber pode evitar culpa imediata, mas não resolve consequências quando a verdade for conhecida.
Esconder ou ignorar problemas com base neste princípio pode agravar prejuízos futuros.