Quem mais ama, mais madruga.

Quem ama demonstra essa afeição através do esforço e dos sacrifícios; tende a antecipar-se e a cuidar mais.

Versão neutra

Quem ama mais, esforça-se mais e toma a iniciativa.

Significa que quem ama sofre mais?
Não necessariamente. O provérbio enfatiza a demonstração prática do amor através do esforço e da disponibilidade, mas não implica automaticamente sofrimento.
Posso usar este provérbio para justificar sacrifícios constantes numa relação?
Deve ter-se cuidado: o provérbio descreve um comportamento comum, mas não legitima exploração ou falta de reciprocidade. Relações saudáveis requerem esforço mútuo.
Em que contextos é mais apropriado usar esta expressão?
É apropriada em situações em que se quer salientar dedicação ou empenho — por exemplo, família, trabalho ou projetos — sobretudo em registo coloquial.

Uso comum em contexto familiar, amoroso e profissional para exprimir que a dedicação se traduz em trabalho e disponibilidade.
Registo: sobretudo coloquial; pode ser usado em conversa, discursos informais ou textos de carácter reflexivo.
Pode elogiar empenho (sentido positivo) ou criticar desigualdade de esforços numa relação (sentido cauteloso).
Não deve ser interpretado como justificação para exploração ou sacrifício unilateral e contínuo; relações saudáveis exigem reciprocidade.

Desde que nasceu o bebé, a mãe tem-se levantado antes das seis para tratar dele — quem mais ama, mais madruga.
No restaurante, era o sócio mais empenhado que chegava primeiro para verificar os pedidos; quem mais ama o negócio, mais madruga.
Ele prepara sempre o pequeno-almoço para ela antes de ela acordar — quem mais ama, mais madruga.

O provérbio pode legitimar sacrifícios excessivos se for usado sem crítica; amor saudável pressupõe equilíbrio e reciprocidade.
Nem sempre a pessoa que mais madruga demonstra o maior amor; pode haver pressões sociais, económicas ou outras motivações.
A ideia pode ser usada para culpar quem não faz tanto esforço, sem reconhecer situações de desigualdade ou incapacidade.