Advertência contra relações motivadas pela aparência, roupa ou interesse material: namorar/ casar por vaidade ou interesse costuma trazer problemas no compromisso.
Versão neutra
Quem namora por aparência ou interesse material arrisca ter problemas no casamento.
Faqs
O que significa 'fato' neste provérbio? 'Fato' em português de Portugal significa traje/roupa; aqui é usado metaforicamente para designar aparência, estatuto ou sinais exteriores que atraem interesse superficial.
Este provérbio é aplicável hoje em dia? Sim — continua a advertir contra motivações superficiais em relações. Contudo, hoje reconhece‑se que considerações materiais e económicas também podem ser racionalmente importantes, desde que haja honestidade entre as partes.
O provérbio é ofensivo ou discriminatório? Não é intrinsecamente ofensivo; é uma advertência moral. Pode ser interpretado como julgador se usado para estigmatizar alguém. Melhor empregá‑lo como conselho geral, não como acusação direta.
Notas de uso
Em Portugal, 'fato' geralmente significa traje (roupa), pelo que o provérbio joga com a ideia de quem se interessa só pela aparência.
Usa-se para criticar decisões amorosas superficiais ou motivadas por estatuto/riqueza.
Tom: frequentemente bem-humorado ou censor; pode soar moralista se aplicado diretamente a uma pessoa.
Contextos adequados: conversas familiares, conselhos amorosos ou comentários sobre casamentos por interesse.
Exemplos
Quando o sobrinho anunciou que ia casar com a herdeira da fábrica, a avó murmurou: «Quem namora pelo fato, leva o Diabo ao contrato».
O professor advertiu a turma sobre escolhas por conveniência: «Lembrem‑se do provérbio — quem namora pelo fato acaba por pagar o conto».
Variações Sinónimos
Quem casa por dinheiro, casa por dor.
Casar por interesse traz arrependimento.
Quem só olha a aparência, esquece o essencial.
Relacionados
Nem tudo o que reluz é ouro.
O amor não se compra.
Quem casa por amor, casa por bem.
Contrapontos
Considerações económicas e sociais são legítimas em muitas relações; avaliar estabilidade financeira não é necessariamente superficial.
Na modernidade, relações pragmáticas e negociações mútuas podem ser saudáveis se baseadas em transparência e consenso.
O provérbio destaca um risco (superficialidade), não anula que aspetos práticos sejam fatores válidos na escolha de parceiro.
Equivalentes
en He who courts for a suit brings the Devil into the marriage contract. (literal)
Or: Marry for money and you marry trouble.
es Quien se casa por interés, trae al diablo al contrato.
fr Qui aime pour l'habit, met le diable dans le contrat.