Quem não dança, segura a criança.

Quem não dança, segura a criança.
 ... Quem não dança, segura a criança.

Se te recusas a participar ou a divertir-te, acabas por ser o responsável por uma tarefa incómoda — consequência da tua ausência.

Versão neutra

Quem não participa, acaba por assumir a tarefa.

Faqs

  • Quando se costuma dizer este provérbio?
    Diz‑se em situações informais onde a recusa de participar ou de assumir uma parte de trabalho provoca que outra pessoa fique com uma tarefa indesejada, por exemplo tomar conta de uma criança ou limpar.
  • É ofensivo usar esta expressão?
    Normalmente tem tom bem‑humorado ou de leve reprovação. Pode ser ofensivo se usado para pressionar alguém que tem razões válidas para não participar (cansaço, impossibilidade, objeção).
  • Tem origem conhecida?
    A origem específica não é documentada; pertence ao repertório de provérbios populares e reflete a observação prática de consequências sociais da não‑participação.
  • Posso usar o provérbio no trabalho?
    Com cuidado. Em ambiente profissional pode ser interpretado como pressão indevida. Melhor usar versões neutras ou discutir a distribuição de tarefas de forma explícita.

Notas de uso

  • Usa-se informalmente para apontar a consequência de não participar num grupo ou actividade (por exemplo, evitar uma dança, uma festa ou uma tarefa colectiva).
  • Tem tom lúdico ou de reprovação leve; pode ser dito em contexto familiar, entre amigos ou colegas para incentivar participação ou repartir responsabilidades.
  • Não é uma regra moral estrita: sugere um resultado prático (ficar com a tarefa) e pode ser injusto se usado para forçar alguém.
  • Adequado em situações onde a não participação efectivamente produz trabalho extra para outros (babysitting, limpar, organizar).

Exemplos

  • Na festa, ninguém queria pôr a música nem tomar conta do bebé; então o João disse: «Quem não dança, segura a criança», e acabou por ficar a vigiar o bebé.
  • Quando se recusou a ajudar no relatório, ficámos a precisar que alguém o fizesse à pressa — quem não dança, segura a criança.
  • Se ninguém se voluntariar para cozinhar no fim-de-semana, quem se recusar a ajudar não pode depois queixar‑se de ficar com os pratos; quem não dança, segura a criança.

Variações Sinónimos

  • Quem não participa, fica com a tarefa.
  • Quem não dança, fica com o bebé.
  • Se não te mexes, ficas com o serviço (paráfrase).

Relacionados

  • Quem não chora, não mama (sobre a necessidade de agir/participar para obter algo).
  • Quem não se mete, não se queixa (diferença: aqui a ausência traz responsabilidade; noutra forma, evita‑se reclamar).

Contrapontos

  • Usar o provérbio para forçar alguém a tomar conta de uma criança ou a participar pode ser injusto; a participação deve respeitar disponibilidade e consentimento.
  • Nem sempre a não participação implica automaticamente assumir tarefas; contextos de desigualdade podem fazer com que a expressão legitime cargas desproporcionadas sobre os mesmos.
  • O provérbio resume uma consequência prática, mas não resolve questões de organização ou de responsabilidade partilhada.

Equivalentes

  • Inglês (tradução literal/explicativa)
    If you don't dance, you end up holding the baby / If you don't participate, you get stuck with the job.
  • Espanhol
    Quien no baila, sujeta al niño. / Quien no se implica, se queda con la tarea.
  • Francês
    Qui ne danse pas tient l'enfant. / Qui ne participe pas finit par assumer la corvée.