Quem não sabe, não ponha escola.
Não se deve ensinar, orientar ou assumir autoridade sobre algo que se desconhece.
Versão neutra
Se não sabes, não ensines.
Faqs
- Este provérbio é ofensivo?
Não é intrinsecamente ofensivo, mas pode soar repreensivo ou sarcástico dependendo do tom e do contexto. Usado com cuidado, funciona como convite à humildade. - Quando é apropriado usá-lo?
É apropriado quando alguém assume autoridade ou dá instruções sem ter conhecimento comprovado; em ambientes profissionais é preferível optar por formulações mais cordiais. - Tem origem histórica conhecida?
Trata-se de um dito popular de origem coloquial em português de Portugal, sem registo literário claro que permita datar ou atribuir a uma fonte específica. - Há situações em que é preferível não aplicar este provérbio?
Sim: em contextos de aprendizagem ativa, iniciação ou quando a experimentação é necessária. Também convém evitar em discussões delicadas para não bloquear contributos.
Notas de uso
- Usado para repreender alguém que dá conselhos, instruções ou assume liderança sem ter conhecimento ou competência.
- Tom pode ser severo ou jocoso, dependendo do contexto e da entoação; pode fechar discussão ou sugerir humildade.
- Aplicável em ambientes profissionais, familiares e nas redes sociais, onde se exorta a não opinar com autoridade sem fundamento.
- Alternativa mais polida: «Se não sabes, pergunta/ouve primeiro» ou «Não ensines aquilo que não dominas».
Exemplos
- O chefe interrompeu-o: 'Quem não sabe, não ponha escola' — preferia que observasses primeiro e depois propões mudanças.
- Quando começam a surgir palpites técnicos nas redes sociais, é comum alguém comentar: 'Quem não sabe, não ponha escola' para reduzir desinformação.
- Ao ver um colega a corrigir procedimentos sem formação, disse-lhe educadamente: 'Se não sabes, não ensines; consulta o manual ou fala com quem tem experiência.'
Variações Sinónimos
- Quem não sabe, que não ensine.
- Não ensines aquilo que não conheces.
- Não dês aulas do que não dominas.
Relacionados
- Cada macaco no seu galho.
- Cada um no seu lugar.
- Mais vale calar e parecer ignorante do que falar e dissipar a dúvida (equivalente a 'É melhor ficar calado e parecer tolo...').
Contrapontos
- Errar ao tentar pode ser valorizado: 'Quem não sabe, aprende' — a tentativa e o erro são meios legítimos de aprendizagem.
- Em contextos colaborativos, partilhar dúvidas também é útil: alguém que não sabe pode perguntar e, ao fazê-lo, contribuir para o conhecimento do grupo.
- Recusar totalmente a participação de quem não é especialista pode impedir inovação ou aprendizagem prática.
Equivalentes
- Inglês
If you don't know, don't teach (Don’t pretend to know what you don’t). - Espanhol
El que no sabe, que no enseñe. - Francês
Qui ne sait pas, ne donne pas de leçons. - Alemão
Wer nicht weiß, soll nicht lehren. - Italiano
Chi non sa, non insegni.