Quem não sente o mal alheio, ninguém sente o seu.

Quem não sente o mal alheio, ninguém sente o seu ... Quem não sente o mal alheio, ninguém sente o seu.

Se não mostrares empatia pelos problemas dos outros, não deves esperar que os outros se compadeçam dos teus.

Versão neutra

Quem não demonstra empatia pelos problemas alheios não deve esperar que outros se compadeçam dos seus.

Faqs

  • Quando é apropriado usar este provérbio?
    Quando se quer chamar a atenção para a necessidade de empatia ou criticar a indiferença de alguém, especialmente em contextos sociais, familiares ou profissionais.
  • Este provérbio implica que a empatia deve ser sempre recíproca?
    Não necessariamente; sugere uma expectativa de reciprocidade emocional, mas é importante reconhecer que nem sempre a falta de apoio é intencional ou merecida.
  • Pode ser considerado ofensivo dizer isto a alguém?
    Sim. Dito num tom acusatório pode magoar; é mais eficaz como lembrete geral ou num contexto pedagógico do que numa confrontação pessoal.

Notas de uso

  • Usado para criticar comportamentos egoístas ou insensíveis e para exortar à empatia.
  • Registo popular e proverbiale; pode aparecer em conversas familiares, educativas ou em críticas sociais.
  • Funciona como advertência sobre reciprocidade emocional, mas não é uma regra absoluta — há casos em que a indiferença alheia resulta de incapacidade, não de escolha.
  • Pode ser dito de modo repreensivo (acusatório) ou pedagógico (aconselhador), consoante o contexto e o tom.

Exemplos

  • No trabalho, se sempre ignoras as dificuldades dos colegas, não te surpreendas quando ninguém te apoiar numa altura difícil — quem não sente o mal alheio, ninguém sente o seu.
  • A mãe lembrou-lhe que não valia a pena pedir ajuda se nunca a tinha prestado aos outros; afinal, quem não sente o mal alheio, ninguém sente o seu.
  • Depois de anos a recusar-se a ajudar vizinhos em apuros, ficou sozinho quando precisou; a expressão aplicou-se bem à situação.

Variações Sinónimos

  • A quem não chora com os outros, ninguém chora por ele.
  • Quem não tem compaixão, não recebe compaixão.
  • Não peças carinho se não o dás aos outros.

Relacionados

  • Faz aos outros o que gostarias que te fizessem (Regra de Ouro — ênfase nos comportamentos recíprocos).
  • Quem semeia vento, colhe tempestade (sobre consequências das ações, embora mais ampla).
  • Faz o bem sem olhar a quem (relacionado pela ênfase na solidariedade, em tom positivo).

Contrapontos

  • Nem sempre a falta de apoio dos outros é resposta à tua indiferença; as pessoas podem não conseguir ajudar por limitações pessoais ou circunstanciais.
  • Usado de forma simplista, pode transformar responsabilidade coletiva em cobrança individual e justificar a falta de solidariedade como 'merecimento'.
  • A empatia não deve ser apenas transaccional; a promoção de ajuda mútua também pode basear-se em princípios éticos, não apenas em reciprocidade.

Equivalentes

  • inglês
    If you don't feel for others, don't expect others to feel for you.
  • espanhol
    Quien no siente el mal ajeno, nadie sentirá el suyo.
  • francês
    Qui ne partage pas la douleur des autres, personne ne partagera la sienne.