Quem paga, não deve, e quem deve, não embolsa.
Afirma que quem paga fica regularizado (sem dívida) e quem deve não fica com o dinheiro — usado para falar de responsabilidades em pagamentos.
Versão neutra
Quem paga fica sem dívida; quem deve não fica com o dinheiro.
Faqs
- O que significa este provérbio?
Significa que o acto de pagar regulariza a situação do pagador (fica sem dívida) e que o devedor não deve apropriar-se indevidamente do dinheiro. É uma observação sobre responsabilidade e prova de liquidação. - Quando é apropriado usar este provérbio?
Usa-se em conversas sobre dívidas, contas partilhadas, indemnizações ou situações onde o pagamento define quem tem razão ou responsabilidade. É mais comum em registo informal. - É um provérbio jurídico?
Não é uma máxima legal formal; é um dito popular que resume uma ideia prática. Em contexto jurídico, a situação concreta e a prova documental prevalecem sobre o provérbio.
Notas de uso
- Registo coloquial; usado sobretudo em contextos económicos e sociais relacionados com dívidas e pagamentos.
- Pode justificar o acto de pagar para encerrar um assunto: quem paga fica livre de responsabilidade moral ou legal.
- Também serve como critério prático: o pagamento demonstra liquidação da obrigação e impede que o devedor retenha fundos indevidamente.
- Há ambiguidade interpretativa: pode ser usado para criticar o devedor ou para defender uma pessoa que resolveu pagar uma dívida alheia.
Exemplos
- Quando a empresa pagou a indemnização, ficaram esclarecidas as responsabilidades — afinal, quem paga, não deve, e quem deve, não embolsa.
- Na discussão do restaurante, lembraram-se do provérbio: quem paga não deve, e quem deve não embolsa, por isso foi melhor dividir as despesas logo.
Variações Sinónimos
- Quem paga não fica em dívida; quem devia não fica com o dinheiro.
- Quem paga, fica limpo; quem deve, não leva o dinheiro.
- Quem paga resolve; quem deve não embolsa.
Relacionados
- Quem não deve, não teme.
- Pagar e ficar em paz.
- Dá-se o puxão e vê-se o nó — (sobre responsabilidades financeiras)
Contrapontos
- Nem sempre o pagador está isento de culpa: quem paga pode fazê-lo por conveniência ou pressão, não por admitir erro.
- Em alguns casos, o devedor pode perder direitos ou benefícios mesmo após pagar — o provérbio simplifica situações complexas.
- O provérbio assume acesso ao dinheiro; não considera desigualdades que impedem alguém de pagar.
Equivalentes
- English
He who pays owes nothing, and he who owes does not pocket it. (literal equivalent; no exact common English proverb) - Español
Quien paga no debe, y quien debe no embolsa. (equivalente literal) - Français
Celui qui paie n'est plus redevable, et celui qui doit ne s'approprie pas l'argent. (equivalente literal)