Quem ventos semeia tempestades recolhe
Ações imprudentes ou maléficas tendem a provocar consequências negativas, por vezes mais graves do que a causa original.
Versão neutra
Quem provoca problemas poderá enfrentar consequências mais graves.
Faqs
- Qual é a origem deste provérbio?
Tem raízes bíblicas, notavelmente no livro de Oséias (8:7), e foi transmitido pela tradição oral e pela literatura, originando várias formas na Península Ibérica. - O que significa na prática?
Recorda que atos imprudentes, maldosos ou negligentes tendem a gerar consequências negativas — muitas vezes maiores — e serve como advertência para a tomada de decisões responsáveis. - É sempre correto aplicá‑lo a qualquer situação?
Não. Embora útil como princípio moral, o provérbio não substitui análise concreta: nem todas as consequências são previsíveis e nem todas as falhas resultam de má fé individual. - Pode ser ofensivo usá‑lo?
Pode ser percebido como acusatório se for dirigido a alguém sem provas ou numa situação em que fatores externos são determinantes; é preferível usá‑lo com cautela.
Notas de uso
- Usa‑se como aviso moral sobre responsabilidade pelas próprias ações.
- Comum em contextos políticos, sociais ou pessoais para criticar iniciativas que possam ter consequências desastrosas.
- Não é uma afirmação científica de causalidade absoluta — pode simplificar situações complexas.
- Convém evitar usá‑lo para culpar automaticamente vítimas de circunstâncias ou de causas estruturais.
Exemplos
- Ao tentar sabotar a concorrência com mentiras, acabou por perder a confiança de clientes e parceiros — quem ventos semeia tempestades recolhe.
- As políticas públicas que negligenciam sinais de alerta podem agravar crises; quem ventos semeia tempestades recolhe, por isso é preciso agir com prudência.
Variações Sinónimos
- Quem semeia vento, colhe tempestade
- Quem semeia ventos colhe tempestades
- Quem planta ventos, colhe tempestades
- Quem semeia problemas, colhe consequências maiores
- Quem planta, colhe
Relacionados
- Cada um colhe o que planta
- Quem semeia, colhe
- Noções de causa e consequência
- Responsabilidade pessoal e coletiva
Contrapontos
- Nem sempre há relação direta e imediata entre ação e consequência; fatores externos e azar podem alterar os resultados.
- Usar o provérbio para justificar punição sem prova de responsabilidade pode ser injusto.
- Situações complexas (económicas, sociais ou históricas) exigem análise além da moralização simplista.
Equivalentes
- Inglês (bíblico)
They that sow the wind shall reap the whirlwind. - Inglês (idiomático)
You reap what you sow. - Espanhol
Quien siembra vientos, recoge tempestades.