Será melhor um presente que dois futuros
Recomenda aceitar um benefício certo e imediato em vez de arriscar por promessas maiores, porém incertas, no futuro.
Versão neutra
Mais vale um presente certo do que duas promessas futuras incertas.
Faqs
- Quando devo aplicar este provérbio numa decisão?
Quando tiver que escolher entre um ganho certo e imediato e uma promessa de maior benefício incerto; aplique‑o após avaliar probabilidades, montantes e prazos envolvidos. - Significa isto que nunca devemos planear a longo prazo?
Não. O provérbio sublinha prudência face à incerteza, mas não invalida decisões de longo prazo quando os benefícios futuros são prováveis e superiores. - É um conselho financeiro válido?
É um princípio útil para evitar riscos desnecessários, mas a decisão financeira deve também considerar rendimento esperado, risco e horizonte temporal.
Notas de uso
- Usa‑se para aconselhar prudência quando alguém tem de escolher entre algo garantido agora e possíveis ganhos futuros.
- É frequente em decisões financeiras, negociações comerciais e escolhas pessoais onde a incerteza do futuro é relevante.
- Não implica que adiar seja sempre errado; deve considerar‑se a probabilidade e a dimensão do ganho futuro.
- Pode ser interpretado como curto‑prazo ou conservador — o contexto define se é sábio ou excessivamente cauteloso.
Exemplos
- O cliente recusou a proposta de pagar mais tarde e aceitou o desconto imediato — afinal, será melhor um presente que dois futuros.
- Quando o banco lhe ofereceu um pequeno bónus à vista e uma maior quantia só daqui a anos, ela escolheu o imediato, concordando que é melhor um presente certo do que dois futuros incertos.
- Em negociações salariais, às vezes compensa aceitar uma vantagem concreta hoje em vez de confiar em promessas de aumentos no futuro.
Variações Sinónimos
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar.
- Mais vale um presente certo do que duas promessas.
- Mais vale o certo agora do que o incerto amanhã.
Relacionados
- Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar
- Quem tudo quer, tudo perde (advertência contra a avareza/ganância)
- Princípio da aversão à incerteza (economia comportamental)
Contrapontos
- A espera pode ser racional quando o ganho futuro é quase certo e substancial (ex.: investimento com juros compostos).
- Promessas futuras, quando credíveis e verificáveis, podem justificar recusar um benefício menor imediato.
- Decisões importantes exigem avaliar probabilidades, prazo e consequências a longo prazo, não só a concretude imediata.
Equivalentes
- Inglês
A bird in the hand is worth two in the bush. - Francês
Un « tiens » vaut mieux que deux « tu l'auras ». - Espanhol
Más vale pájaro en mano que ciento volando. - Alemão
Besser ein Spatz in der Hand als eine Taube auf dem Dach.