Só o necessário deleita; o sobejo atormenta.

O que basta traz satisfação; o excesso gera incómodo ou problemas.

Versão neutra

O necessário satisfaz; o excesso perturba.

Faqs

• Quando devo usar este provérbio?
  Use-o para defender a moderação em consumo, organização, decoração ou comportamento, quando o excesso puder causar custos, incómodo ou desperdício.
• Significa que nunca devemos ter mais do que precisamos?
  Não necessariamente; indica que o excesso tende a causar problemas, mas reconhece-se exceções práticas (reservas de segurança, economia de escala, redundância útil).
• Qual a diferença para 'O que é demais enjoa'?
  São próximos em sentido. A versão dada enfatiza a satisfação do suficiente e o carácter perturbador do excesso, enquanto a outra formula a ideia de que o excesso cansa ou aborrece.

Notas de uso

• Aplica-se a bens materiais (roupa, comida, objectos) e a atitudes intangíveis (trabalho, informação, segurança).
• Usa-se para aconselhar contenção ou justificar escolhas simples e moderadas.
• É adequado em contextos económicos, de consumo consciente, design e gestão de risco.
• Não pretende negar situações em que redundância ou acumulação são vantajosas (por ex. reservas de segurança).

Exemplos

• Comprou apenas o essencial para a casa e sentiu-se mais leve — só o necessário deleita; o sobejo atormenta.
• Na organização do evento, evitaram ornamentos excessivos: o necessário satisfez os convidados e o excesso teria distraído.
• Guardar demasiado alimento pode criar desperdício; pequenas reservas bastam porque o que é excessivo pode estragar-se e atormentar.

Variações Sinónimos

• O que é demais enjoa.
• Mais não é melhor.
• A moderação é a melhor medida.
• O excesso é incómodo.

Relacionados

• Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
• Quem tudo quer, tudo perde.
• Moderato sempre (variações sobre moderação).

Contrapontos

• Em segurança e preparação, algum 'sobejo' (reservas, redundância) pode ser prudente e salvar recursos.
• Na economia de escala, aumentar produção pode reduzir custos por unidade — aqui o 'mais' traz benefícios.
• Em contextos artísticos ou científicos, a acumulação de elementos pode ser desejável para experimentar ou inovar.

Equivalentes

• Inglês
  Too much of a good thing / Enough is as good as a feast.
• Espanhol
  Lo necesario deleita; lo sobrante atormenta. / Lo que sobra estorba.
• Francês
  Le trop nuit (ou Rien de trop).
• Latim
  Nihil nimis (Nada em excesso) / Modus in rebus (Medida nas coisas).
• Alemão
  Zu viel ist ungesund (Demasiado é prejudicial).