O necessário deleita, o desnecessário atormenta

O necessário deleita, o desnecessário atormenta.

Coisas e ações que satisfazem necessidades trazem prazer ou alívio; o excesso ou o supérfluo tende a causar ansiedade, custos e complicações.

Versão neutra

O que é necessário satisfaz; o que é supérfluo causa problemas.

Quando devo usar este provérbio?
Sirve para aconselhar moderação em decisões de consumo, organização, planeamento de projetos ou gestão do tempo — sempre que convém dar prioridade ao essencial.
Significa que nunca devemos comprar nada que não seja necessário?
Não necessariamente; o provérbio enfatiza prudência. Pequenos prazeres ou investimentos pessoais podem ser válidos; o aviso é contra excessos que trazem custos e ansiedade.
Como aplicar este princípio nas finanças pessoais?
Priorize despesas essenciais (habitação, alimentação, saúde), evite compras impulsivas e avalie o custo total de itens supérfluos (manutenção, espaço, tempo).
Há situações em que o supérfluo não atormenta?
Sim. Se o recurso financeiro e emocional estiver organizado, alguns extras podem enriquecer a vida sem causar problemas. A diferença está na sustentabilidade e no equilíbrio.

Registo: proverbio de uso geral, tom aconselhador; adequado em conversas sobre finanças pessoais, estilo de vida, design e gestão.
Contexto: aplica-se tanto a bens materiais como a hábitos, obrigações e projetos — privilegia o essencial sobre o supérfluo.
Tom: costuma ser usado para recomendar moderação ou justificar escolhas práticas; pode ser dito de forma neutra ou preventiva.
Gramática: estrutura equilibrada com antítese (deleita vs atormenta); útil para redações e discursos curtos.

Ao organizar a casa, decidi ficar apenas com o que utilizo: o necessário deleita, o desnecessário atormenta — agora gasto menos tempo a limpar e a preocupar-me com coisas que não uso.
Numa empresa, concentrar recursos nas funções essenciais melhora a eficiência; projetos redundantes desviam atenção e orçamento — o necessário deleita, o desnecessário atormenta.

O supérfluo pode proporcionar prazer temporário ou status social, pelo que a delimitação entre necessário e desnecessário é subjetiva e cultural.
Em alguns casos, investimento considerado 'desnecessário' por uns pode ser visto como manutenção do bem-estar por outros (ex.: cuidados de saúde, hobbies terapêuticos).
A busca exclusiva pelo essencial pode levar a privação excessiva; o equilíbrio entre necessidades e alguns luxos controlados é importante.

inglês
Enough is as good as a feast / Less is more (conveying similar ideas)
espanhol
Lo necesario agrada, lo superfluo agobia.
francês
Le nécessaire réjouit, le superflu tourmente.
latim (tradução literal)
Necessarium delectat, superfluum vexat.