Tão mau é o sobejo como o minguado.
O excesso é tão prejudicial quanto a escassez; defende a moderação e o equilíbrio.
Versão neutra
O excesso é tão prejudicial quanto a escassez.
Faqs
- Quando se usa este provérbio?
Usa‑se para advertir contra posições extremas ou para recomendar moderação ao gerir recursos, comportamentos ou decisões. - Significa que excesso e falta são sempre igualmente prejudiciais?
Não necessariamente; é uma máxima geral que sublinha o valor do equilíbrio. A gravidade do prejuízo depende do contexto e da medida dos extremos. - Pode aplicar‑se a situações profissionais?
Sim. Exemplos: excesso de reuniões que consome tempo versus falta de comunicação que causa erros; em ambos os casos há prejuízos. - Tem origem conhecida?
É um provérbio popular tradicional português sem autor identificado e com variantes equivalentes noutras línguas e culturas.
Notas de uso
- Usa‑se para alertar contra extremos — tanto ter demais como ter de menos pode causar problemas.
- É apropriado em contextos morais, práticos ou económicos: relações pessoais, trabalho, gestão de recursos.
- Não implica que qualquer excesso seja sempre tão prejudicial quanto qualquer falta; é uma advertência geral sobre equilíbrio.
Exemplos
- Num projecto, um orçamento exagerado pode incentivar desperdício, tal como um orçamento demasiado curto impede o trabalho; tão mau é o sobejo como o minguado.
- Na alimentação, demasiado sal estraga um prato, e muito pouco também pode deixá‑lo insípido — o principio do provérbio aplica‑se bem aqui.
- Nos cuidados parentais, a protecção excessiva impede autonomia, enquanto a negligência causa danos; ambos são prejuízos.
Variações Sinónimos
- O excesso é tão mau quanto a falta.
- Nem demais, nem de menos.
- Os extremos são prejudiciais.
Relacionados
- Nem tanto ao mar, nem tanto à terra.
- A virtude está no meio (aurea mediocritas).
- Os extremos tocam‑se.
Contrapontos
- Em situações de emergência, um excesso de recursos pode ser preferível à falta imediata.
- Em algumas circunstâncias (por exemplo, prevenção de riscos graves), a preferência por prudência reduzida pode justificar algum excesso.
- Nem sempre os dois extremos têm o mesmo grau de prejuízo; contexto e proporções importam.
Equivalentes
- Inglês
Too much is as bad as too little. - Espanhol
Tanto monta el sobrante como lo escaso. - Francês
Trop est aussi mauvais que trop peu. - Latim
Aequaliter nocet superfluum et carentia.