Observação pessimista de que, em certos contextos, as pessoas com mérito ou virtudes tendem a partir e os menos competentes ou prejudiciais acabam por permanecer.
Versão neutra
As pessoas competentes tendem a sair; permanecem as que menos competência demonstram.
Faqs
Qual é a origem deste provérbio? A origem exacta é incerta; trata-se de um provérbio popular que resume uma observação social recorrente sobre movimentos de pessoas em contextos laborais, políticos ou migratórios.
Quando é apropriado usar este provérbio? É apropriado para expressar desilusão colectiva perante situações em que quem é competente abandona um contexto e os menos virtuosos permanecem — útil em análise social, jornalismo ou conversa coloquial, desde que não se ataque pessoas concretas sem evidência.
O provérbio é ofensivo? Por si só não é ofensivo, mas pode ser interpretado como depreciativo se aplicado directamente a indivíduos. Deve ser usado com cuidado para evitar generalizações e difamação.
Notas de uso
Usado em registo coloquial para comentar situações colectivas (emprego, migração, política, organização).
Tem tom crítico e fatalista; frequentemente exprime frustração ou desalento perante injustiças ou má gestão.
Pode generalizar em excesso; cuidado ao aplicar a indivíduos para evitar ofensas pessoais.
Adequado em contexto analítico ou jornalístico quando apoiado por evidência (ex.: fuga de talentos, nepotismo).
Exemplos
Depois dos cortes, muitos especialistas saíram da empresa — vão os bons, ficam os ruins, e a produtividade caiu.
Com o aumento de impostos e falta de oportunidades, vários jovens qualificados emigraram; é a velha sensação de 'vão os bons, ficam os ruins'.
Nas autarquias onde reina o clientelismo, quem trabalha honestamente acaba por ir embora; ficam os que beneficiam do sistema.
Variações Sinónimos
Vão-se os bons, ficam os maus.
Os bons vão, os maus ficam.
Os melhores partem, os piores permanecem.
Relacionados
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Contrapontos
Generaliza uma situação complexa e pode ignorar fatores estruturais (salários baixos, falta de oportunidades, políticas públicas).
Nem sempre é verdadeira: muitas organizações conseguem reter talento com boas práticas de liderança e condições.
Usada como explicação simplista pode legitimar inércia em vez de promover mudanças concretas.